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Spread bancário já está caindo no Brasil

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Apesar das taxas de juros ainda muito elevadas cobradas pelos bancos, a diferença entre o valor cobrado na concessão de empréstimos aos clientes e o montante pago pelas instituições financeiras na captação de recursos – o chamado spread bancário – já está caindo e vão continuar a cair, segundo o Banco Central e o Ministério da Fazenda.


 


Segundo o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, o processo já se iniciou. O mercado de crédito apresenta melhorias. Os spreads das operações médias de crédito tem caído e hoje se encontram em 20 pontos percentuais para famílias e 8 pontos percentuais de spread para as empresas.


 


As taxas de juros bancárias médias se encontravam em 28% ao ano em outubro para as famílias e 15% ao ano para as empresas, ante uma taxa básica de juros que estava em 7,5% ao ano naquele mês. Na semana passada, o BC levou a Selic a 7%, o valor mais baixo da série histórica, iniciada em 1986.


 


De acordo com o presidente do Banco Central, para que a redução do custo de crédito possa continuar é necessária a “colaboração de todos na construção de um mercado de crédito mais eficiente e com custo menor ao tomador”.


 


Segundo tabela disponibilizada pelo BC, a taxa de juros média nas concessões (em vez das taxas médias do saldo de crédito) ficou em 43,6% ao ano em outubro, ante 54,2% ao ano em outubro de 2016. Já a diferença entre a taxa média e a taxa básica de juros, a Selic, ou seja o spread, caiu para 35,4% ante 42,3% registrado 1 ano antes.


 


O spread médio sofreu uma queda de quase 7 pontos percentuais, puxada também pela queda de mais de 11 pontos percentuais do spread das taxas das famílias. A taxa média do segmento recuou quase 11 pontos percentuais frente ao mesmo mês do ano anterior, puxada pela queda da taxa de empréstimo às famílias que caiu quase 15 pontos percentuais, acrescentou o documento do BC.


 


Fonte: G1