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Poupança mais enxuta

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Os depósitos superaram os saques na caderneta de poupança em R$ 1,36 bilhão em setembro, segundo o Banco Central (BC). É a menor entrada líquida de recursos para meses de setembro desde 2005, quando houve a saída de R$ 708 milhões.


 


No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a captação da poupança (depósitos menos retiradas) somou R$ 15,53 bilhões, a menor entrada de recursos para este período do ano desde 2011, quando R$ 9,49 bilhões entraram na caderneta. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 68,2% (em relação ao ingresso de R$ 48,94 bilhões em 2013).


 


Depósitos, retiradas e saldo da poupança


 


Em setembro deste ano, ainda segundo o BC, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 145 bilhões, enquanto os saques ficaram em R$ 143,72 bilhões. O volume dos rendimentos creditados nas contas dos investidores alcançou R$ 3,56 bilhões no mês passado.


 


Com isso, o volume total de recursos aplicados na caderneta subiu em setembro deste ano. No fechamento de 2013, o estoque de recursos na poupança totalizava R$ 597,94 bilhões, subiu para R$ 638,47 bilhões em agosto e para R$ 643,41 bilhões em setembro.


 


Cenário econômico e baixa atratividade


 


O cenário econômico, com alta da inflação e do nível de endividamento das famílias, tem contribuído para a queda no volume de entrada de recursos na caderneta de poupança neste ano. Além disso, o processo de aumento dos juros básicos da economia (a Selic), entre abril do ano passado e maio deste ano, diminuiu a rentabilidade da poupança frente a outras modalidades de investimento.


 


Com a estabilidade da taxa básica de juros da economia em 11% ao ano desde o final de maio, as aplicações em renda fixa como fundos de investimento mantêm mais atratividade e "ganham da poupança na maioria das situações".


 


Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% (o que acontece desde agosto), é fixo em 6,17% ao ano mais a variação da TR (Taxa Referencial, que é calculada pelo BC). Segundo a Anefac, as cadernetas de poupança vão continuar mais interessantes frente aos fundos de renda fixa quando a taxa de administração cobrada por eles for superior a 2,5% ao ano.


 


A caderneta de poupança ainda é uma boa opção de investimento em alguns casos. Pode ser uma boa opção, por exemplo, para pequenos poupadores (com pouco dinheiro guardado), para pessoas que buscam aplicações de curto prazo (poucos meses) ou que procuram formar um "fundo de reserva" para emergências – uma vez que não há incidência do Imposto de Renda.


 


Investidores costumam não gostar muito da caderneta de poupança, por ser um investimento que oferece baixos valores de rendimento. No entanto, ela é atraente para diversas pessoas, especialmente para aquelas que querem investir para a realização de um objetivo de curto prazo.