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PIB recua 3,6% em 2016

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Em um ano marcado por turbulências políticas, a economia brasileira encerrou o ano de 2016 com um registro de queda de 3,6% no PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com dados divulgados pelo IBGE.

Foi o segundo ano seguido de queda do indicador, que já havia recuado 3,8% em 2015. Dessa forma, o país acumulou uma queda de 7,2% no acumulado de 2015 e 2016, sendo a pior recessão já registrada pelo IBGE.

Analisando em nível de cenário econômico, podemos dizer que a economia brasileira voltou ao mesmo patamar do terceiro trimestre de 2010.

Diferentemente de anos anteriores registrados em queda, no ano de 2016, além da profundidade, a recessão durante esse período se destaca por sua dispersão em todos os setores da economia, sendo eles a agropecuária com queda de 6,6%, seguido pela indústria (queda de 3,8%) e pelos serviços, que representa mais de 70% do PIB, que recuou em 2,7%. O setor de serviços é um dos que mais sente a queda do nível de consumo brasileiro, provocado pelo alto desemprego e pelo movimento de perda de renda da população.

O mesmo movimento foi percebido na indústria. A queda de 2,4% no PIB industrial do quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior foi a mais branda em 11 trimestres consecutivos de perdas.

No PIB da Agropecuária, o recuo de 5,0% foi o quarto consecutivo, mas o menos intenso do período. Já o Consumo do governo teve ligeira redução de 0,1%, menor recuo em sete trimestres seguidos de perdas.

A retração de 2,9% no Consumo das famílias no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre de 2015 completou oito trimestres consecutivos de quedas, mas foi o menos intenso desde o segundo trimestre de 2015.

A expectativa do mercado é que o desempenho no primeiro trimestre deste ano, já esteja em patamares positivos. Para 2017, a projeção é de crescimento de 0,5% do PIB (pesquisa Focus do BC). A queda da inflação e a redução da taxa de juros pelo BC são as principais razões para o ânimo do mercado. O esperado é que, com isso, famílias e empresários voltem a consumir e investir, ou seja, que o ano de 2017 seja um contraste do ano anterior.

 

 

Fonte: IBGE