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Perfil de consumo de quem mora sozinho

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Uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) investigou os hábitos de vida e consumo dos brasileiros que moram só e, descobriu que, 48% dessas pessoas decidiram viver sozinhas por vontade própria. Para 51% dos entrevistados, contudo, morar sozinho não foi uma escolha pessoal e sim, uma consequência de algum acontecimento como, a morte do cônjuge (20%), separação (18%) ou saída dos filhos de casa (10%).


 


O levantamento revela que ser o único residente de uma casa traz impactos significativos na maneira com que o consumidor compra e lida com seu dinheiro. Praticamente a metade (50%) dos entrevistados admitiram que começaram a desenvolver gostos mais refinados na hora das compras, optando mais vezes por produtos especiais e de melhor qualidade. Além disso, 72% dos brasileiros entrevistados disseram que se sentem mais livres para gastar seus rendimentos desde que passaram a viver sozinhos. As atividades de lazer preferidas das pessoas que moram sozinhas são ficar em casa assistindo a filmes ou séries (43%), ouvir música (40%) e navegar na internet (30%). Ainda assim, 48% acreditam que têm uma vida social ativa e 28% costumam viajar a lazer.


 


Gastos com bebidas (20%), vestuário (20%) e saídas para bares, restaurantes ou casas noturnas (14%) são os tipos de gastos que quem mora sozinho mais realiza sem se importar em não comprometer as finanças, mesmo que de vez em quando. Outro dado é que parte considerável dos consumidores que moram sozinhos reconhece que não abre mão da comodidade dos serviços de delivery, sejam eles de entrega de comidas (29%), compras de supermercados (18%)ou de produtos de farmácias (37%).


 


Mesmo sem levar em consideração as compras básicas e de primeira necessidade, os supermercados (59%) concentram a maior parte das compras dos brasileiros que moram sozinhos. Outros locais que eles também costumam frequentar são as padarias (52%) e as farmácias ou drogarias (43%). Apenas 27% admitem o hábito de fazer compras pela internet, sendo que neste caso os produtos mais comprados são artigos do vestuário (12%). No momento de definir o local de compra, os fatores que mais pesam para esse tipo de consumidor são o preço (59%), a qualidade dos produtos (41%) e as ofertas e promoções (41%). Na maioria das vezes, as compras são pagas à vista (83%), seja no dinheiro (71%) ou no cartão de débito (11%). Outros 16%, por sua vez, preferem o cartão de crédito.


 


56% preparam a própria refeição e 19% se alimentam fora de casa


 


O levantamento do SPC Brasil ainda demonstra que o mercado precisa atender melhor a este tipo de consumidor, oferecendo opções de compras que se ajustem às necessidades do cotidiano das pessoas que não compartilham a casa com terceiros. Dados do estudo apontam que 44% desses indivíduos têm dificuldade em evitar que alimentos estraguem na geladeira ou na despensa, ao passo que 42% sentem dificuldades em encontrar produtos que tenham a quantidade adequada para quem mora sozinho. Consequência direta desta realidade é que 90% evitam ao máximo o desperdício de alimentos, procurando fazer compras mais planejadas.


 


Cozinhar a própria refeição é um hábito presente para a maioria das pessoas que vivem só: 56% delas admitem cozinhar o que comem no dia a dia, principalmente as mulheres (75%). Os que se alimentam na maior parte das vezes fora de casa, como em restaurantes, somam 19% de entrevistados, sendo um comportamento mais frequente entre homens (29%) e pessoas mais jovens (30%). Um em cada quatro entrevistados gostaria de contar com a ajuda de uma empregada doméstica (23%) ou faxineira (22%) para realizar atividades do lar, mas não o fazem por falta de dinheiro.


 


Carro, viagem e casa próprios são principais sonhos para 2017; 42% ainda vivem de aluguel


 


Comprar um carro ou uma moto (24%), fazer uma viagem (15%) ou adquirir a casa própria (15%) são os três principais sonhos de consumo para 2017 do brasileiro que vive sozinho. No geral, quatro em cada dez (42%) brasileiros que moram só vivem em residências alugadas. Embora a maioria dessas pessoas tenha planos em mente, apenas 35% admitem fazer algum preparo financeiro para alcançar seus objetivos. Nesse caso, os meios mais comuns de planejamento são usar uma reserva financeira que dispõem (14%) ou utilizar algum dinheiro que esperam receber de terceiros (13%).


 


Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, é fundamental manter o foco e a organização afim de realizar sonhos de consumo, independentemente da renda. “Se a pessoa tem metas a alcançar, só há um caminho: economizar uma determinada quantia a cada mês, por menos que seja, com disciplina para evitar os excessos do consumismo. Engana-se quem pensa que só podem poupar aqueles que ganham altos salários. O segredo está na perspectiva de longo prazo”, explica.


 


Solteiros são maioria entre os que vivem só; rendimento médio é de quase R$ 2.200


 


A maioria dos entrevistados que moram sozinhos são solteiros (42%), mas também há percentuais relevantes de indivíduos separados ou divorciados (29%) e viúvos (25%). Há ainda uma parcela de 2% dos entrevistados casados ou em união estável que vivem em casas separadas (2%). De modo geral, a média de idade observada entre as pessoas que moram sozinhas é de 52 anos, sem prevalência de gênero, uma vez que tanto homens, quanto mulheres representam cerca de 50% desta população.


 


Quanto aos rendimentos, o valor médio mensal é de quase R$ 2.184, sendo que um terço dessas pessoas (33%) são aposentadas. Outros 27% vivem de trabalhos informais e 21% possuem carteira assinada.



Fonte: SPC Brasil