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Mercado sobe estimativa de inflação para 2016 e vê retração maior do PIB

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Piorou a expectativa para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) deste e do próximo ano, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central. A mediana das estimativas para 2016 cedeu de queda de 3,33% para retração de 3,40%. A mediana para 2017 saiu de aumento de 0,59% para crescimento de 0,50%.


 


Para a inflação, a mediana das previsões dos analistas teve uma pequena alta, de 7,61% para 7,62% neste ano, enquanto a de 2017 seguiu em 6%. A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro aumentou de 0,91% para 0,95%.


 


Quanto à Selic, o mercado continua a acreditar que uma queda virá apenas em 2017. Foi mantida a expectativa de que a taxa encerre 2016 no nível atual, 14,25%, percentual que deve diminuir a 12,63% até o fim do ano que vem. Antes, esperava-se uma queda a 12,75%. A Selic média do ano foi mantida em 14,25% em 2016, mas a de 2017 caiu um pouco, de 13% para 12,98%.


 


Dados divulgados na semana passada mostraram que a atividade econômica se deteriorou ainda mais no fim de 2015, deixando uma “herança” negativa maior para este ano, o que pode atrasar o momento em que o país iniciará uma recuperação.


 


Segundo números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo restrito caíram 4,3% em 2015 e o volume de serviços recuou 3,6%. O instituto já tinha informado na semana retrasada que a produção industrial diminuiu 8,3%. Todas foram baixas históricas.


 


Para 2016, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) baixou sua estimativa de queda de 1,2% para retração de 4%. O Banco Fibra cortou sua projeção de queda de 3,1% para recuo de 4,5%. O próprio Banco Central já trabalha com recessão de 3%, segundo apuração do Valor. Antes, esperava um recuo de 1,9%. Na sexta-feira, ao anunciar o corte do orçamento para 2016, o governo estimou PIB de menos 2,9%, ante queda de 1,9% prevista antes. Segundo o Itaú, a economia só só chega ao fundo do poço no fim deste ano. Em janeiro, indicadores da Cielo, Mastercard e Serasa mostraram o consumidor ainda retraído no crédito e queda do varejo em janeiro.


 


Ainda no Focus, a projeção para a produção industrial deste ano caiu de queda de 4,20% para recuo de 4,40%. A do próximo ano deve aumentar apenas 1%, de uma estimativa anterior de crescimento de 1,5%. Fonte:


 


Valor Econômico – Editado