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Mercado financeiro já prevê inflação de 7% para 2016

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Os economistas das instituições financeiras voltaram a elevar sua estimativa de inflação para 2016, que atingiu a marca dos 7%, informou o Banco Central. Antes, a previsão estava em 6,93%.


 


Com isso, o mercado financeiro prevê que a inflação ficará, novamente, acima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro neste ano – algo que já aconteceu em 2015. A meta central de inflação é de 4,5% neste ano e em 2017.


 


Para 2017, a previsão do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu de 5,2% para 5,4% na semana passada, se distanciando ainda mais da meta central no ano que vem. Em 2015, a inflação ficou em 10,67%, a maior taxa desde 2002, ou seja, em 13 anos.  De acordo com o IBGE, o maior impacto do ano na análise individual dos itens – não dos grupos – partiu da energia elétrica e dos combustíveis. Com isso, recentemente, o BC informou que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (abaixo de 6,5%) e, também, fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017. 


 


Produto Interno Bruto


 


Para o PIB de 2016, o mercado financeiro manteve a estimativa de uma contração de 2,99% na semana passada. Como o mercado segue estimando "encolhimento" do PIB em 2015, se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem início em 1948. Para o comportamento do nível de atividade em 2017, os economistas das instituições financeiras subiram a previsão de crescimento de 0,86% para 1% na semana passada. 


 


O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. No mês passado, a "prévia" do PIB do BC indicou uma contração de 3,38% até setembro.


 


Taxa de juros


 


Após o Banco Central ter mantido os juros estáveis em 14,25% no fim de novembro, o maior patamar em nove anos, o mercado manteve a estimativa de que os juros voltarão a subir na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para 14,75% ao ano.


 


Para o fim de 2016, a estimativa permaneceu em 15,25% ao ano – o que pressupõe novos aumentos dos juros básicos da economia no decorrer deste ano. Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros subiu de 12,75% para 12,88% ao ano.


 


A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.


 


Câmbio, balança e investimentos


 


A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 permaneceu em R$ 4,25. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar subiu de R$ 4,23 para R$ 4,30.


 


A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2016 subiu de US$ 35 bilhões para US$ 35,5 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a previsão de superávit avançou de US$ 35 bilhões para US$ 38,8 bilhões.


 


Para 2016, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil ficou inalterada em US$ 55 bilhões e, para 2017, a estimativa dos analistas permaneceu em US$ 60 bilhões.


 


Fonte: G1