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Mercado amplia para 3,70% previsão de queda do PIB em 2015

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Segundo o boletim Focus, Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vai fechar 2015 em queda de 3,7%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando houve retração de 4,35%.

O mercado ampliou para 3,70% a previsão de queda do PIB em 2015. Há uma semana, esperava-se queda de 3,62%. No final de novembro, o IBGE informou que a economia brasileira registrou retração de 1,7% no segundo trimestre de 2015 em relação aos três meses anteriores, e o país segue em recessão. No segundo trimestre, o PIB teve baixa de 2,1%. Para 2016, a expectativa de retração foi ampliada de 2,67% para 2,80%.

Os dados fazem parte do boletim Focus, pesquisa feita entre economistas publicada semanalmente pela instituição.

(Imagem 1)

A expectativa para a inflação também teve piora. Segundo a previsão dos economistas, a inflação oficial medida pelo IPCA deve fechar o ano em 10,70%. Há uma semana esperava-se inflação de 10,61%. Essa foi a décima terceira alta seguida no indicador de inflação. O BC informou, no fim de setembro, que estima um IPCA de 9,5% para este ano. Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015.

Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Recentemente, o BC admitiu que não conseguirá trazer o IPCA para a meta central de 4,5% no próximo ano. Segundo a autoridade monetária, isso será possível somente em 2017. Para 2016, espera-se inflação de 6,87%. Na semana passada, esperava-se inflação de 6,80%.

(Imagem 2)

O mercado também está mais pessimista em relação á meta da taxa Selic (sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia). Ela foi ampliada para 14,75% no fim de 2016.

Há uma semana, esperava-se a Selic em 14,63%.

A taxa de juros é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia.

Se os juros caem muito, a população tem mais acesso ao crédito e pode consumir mais. Esse aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender a um consumo maior.

Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento -que ficam mais caros-, a economia se desacelera e evita-se que os preços subam, ou seja, que haja inflação.

A meta é um patamar ideal apontado pelo Banco Central para a taxa. Com ela, a entidade indica ao mercado que atuará para abaixar ou subir o indicador de forma mantê-lo em torno do nível almejado.

Como não haverá mais nenhuma reunião de revisão da Selic até o fim de 2015, não há novas previsões de economistas para a taxa no ano. Atualmente, a meta é de 14,25%.

Fonte: Folha de São Paulo