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Marketplace de freelancers, israelense Fiverr, desembarca no Brasil

Notícias gerais

Marketplace de serviços digitais fundado em 2010, em Tel Aviv, a israelense Fiverr vem acelerando a incorporação de novos idiomas ao seu mapa de operações desde que abriu capital na Bolsa de Nova York, em junho de 2019.

 Após captar US$ 11 milhões no IPO, a companhia, que já oferecia sua plataforma de conexão de freelancers a empresas nos Estados Unidos, criou versões locais em países como França, Espanha, Itália, Holanda e, mais recentemente, Portugal.

A próxima escala dessa jornada é o mercado brasileiro. A Fiverr está desembarcando no País e na América do Sul com o lançamento de seu site em português e transações em reais, via cartão de crédito ou boleto.
 “Nós já tínhamos sinais vindo do Brasil, o que foi determinante para o lançamento“, diz Peggy de Lange, vice-presidente de expansão internacional da Fiverr, ao NeoFeed, em uma referência ao fato de que a plataforma já tinha usuários locais mesmo antes do lançamento. “Agora, vamos reduzir as barreiras para que mais compradores e freelancers brasileiros entrem na Fiverr.”

A estratégia não envolve o investimento em uma estrutura local para tocar o negócio. Com a supervisão de Peggy, esse trabalho está sob a responsabilidade de um time locado na sede da Fiverr, em Tel Aviv, que conta com profissionais brasileiros e atua em conjunto com as equipes globais de áreas como marketing e de crescimento.

Para atrair mais empresas compradoras de serviços e freelancers brasileiros para a plataforma, a Fiverr vai investir em campanhas e ações de ativação da marca no País, entre outras iniciativas. Além do Brasil, nesta semana, a companhia lança a versão local da ferramenta no México.

A plataforma da Fiverr tem mais de 400 categorias de serviços em segmentos como design gráfico; programação; marketing digital; redação; vídeo e animação. A empresa gera receita com uma taxa de 5% sobre cada serviço contratado, que é cobrada dos compradores. Para transações abaixo de US$ 40, a taxa mínima é de US$ 2.

De um lado, a companhia oferece um atalho para que empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, com equipes enxutas e orçamentos mais restritos, acessem um leque de serviços por custos mais acessíveis.

Ao mesmo tempo, os freelancers têm acesso a uma alternativa para formarem suas próprias carteiras de clientes. “O fato de termos o site local dá a possibilidade a esses profissionais de oferecerem seus serviços não apenas no mercado doméstico, mas também, para uma audiência global”, diz Peggy.

O portfólio da Fiverr inclui ainda produtos como cursos de e-learning, e o Promoted Gigs, recurso pelo qual os freelancers podem promover seus portfólios com maior destaque na plataforma. No terceiro trimestre, essa ferramenta superou a marca de 5 mil usuários.

Outra novidade recente, lançada durante a pandemia, envolve um programa global de microcrédito, com a oferta de um crédito de US$ 1 mil para ser usado na contratação de serviços no marketplace. Qualquer empresa pode se candidatar a receber essa cifra até uma vez por mês.

Com a Covid-19, a Fiverr turbinou seus resultados. No terceiro trimestre, a receita da empresa cresceu 88% na comparação com igual período de 2019, para US$ 52,3 milhões. Já o número de compradores ativos chegou a 3,1 milhões, um salto de 37%. Os gastos por comprador avançaram 20%, para US$ 195.

O volume de cadastros de novos freelancers registrou, por sua vez, um aumento de 68% sobre o terceiro trimestre do ano passado. Embora venha reduzindo suas perdas, a empresa segue, no entanto, deficitária. O prejuízo foi de US$ 454 mil, contra US$ 8,6 milhões um ano antes.

Até o momento, porém, a última linha do balanço não parece ser um problema para os investidores. Da mesma forma que as versões locais da plataforma vêm facilitando o crescimento em outras geografias, a Fiverr tem mantido um ótimo diálogo com o mercado de capitais.

No terceiro trimestre, a receita da Fiverr cresceu 88% na comparação com igual período de 2019, para US$ 52,3 milhõesDesde o seu IPO, as ações da empresa registraram uma valorização superior a 636%. No ano, a alta acumulada é superior a 566%. De um valor de mercado de US$ 1,2 bilhão na época da abertura de capital, a companhia evoluiu para o patamar atual de US$ 5,2 bilhões.

Em relatório recente, Brad Erickson, analista do banco Needham & Co. afirmou que a Fiverr está bem posicionada para se beneficiar dos novos modelos de trabalho que irão se consolidar no pós-Covid-19. E elevou o preço-alvo da ação, que encerrou o pregão da segunda-feira cotada a US$ 154,07, para US$ 180.

“A transformação digital está sendo acelerada pela Covid-19, assim como as mudanças na maneira como as pessoas trabalham”, afirma Peggy, quando questionada sobre o desempenho e as perspectivas da companhia. “Penso que nosso modelo é único e perfeito não apenas para o que estamos vivendo agora. Mas também para o pós-crise.”

Fonte:  Startups, Fiverr, Freelancers