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Inclusão social nas empresas

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Em tempos de muita competitividade e consciência do novo consumidor, toda e qualquer iniciativa que agregue para que a empresa tenha um diferencial é bem vinda. Mas muitas empresas ainda não trabalham, ou trabalham superficialmente temas atuais e importantes como a questão da inclusão social.


 


Como primeiro passo, deve-se perguntar à companhia sobre as práticas diárias, lembrando que, nos dias atuais, não basta apenas “falar”, a empresa tem que “ser”. Essa forma de pensar é resultado do pensamento da geração mais nova, que quer pertencer a uma tribo, mas, busca, ao mesmo tempo, que a sua individualidade seja respeitada, convergindo com a inclusão social.


 


E como podemos aplicar a tecnologia como ferramenta de inclusão social?


 


Na Apple, um dos jargões da empresa é a frase “Technology for everyone should be made by everyone” ou “ Tecnologia para todos deve ser feita por todos”. Nesse cenário, a Apple é uma das companhias que, verdadeiramente, tem se empenhado em realizar uma história bem completa sobre o assunto. No website, a página dedicada à diversidade e inclusão social possui gráficos de evolução anual do número de mulheres na companhia e em cargos de diretoria, contratações por etnia, salários iguais para homens e mulheres, depoimentos e histórias de seus empregados.


 


Impressionante é o depoimento do funcionário, completamente cego, que é o primeiro a checar a usabilidade de qualquer novo acessório. Para se ter uma ideia de como a Apple trata a questão de pessoas com deficiência física, existe o VoiceOver, assistente virtual da Apple que conta com um leitor de tela, e, com apenas alguns toques, consegue-se ouvir tudo o que está na tela do celular, como postagens nas redes sociais, notícias veiculadas em sites e blogs ou e-mails e mensagens enviadas via WhatsApp.


 


No mercado de luxo, a Gucci transformou o conceito de luxo de exclusividade. A marca considera o foco na exclusividade autolimitante e vem se destacando por fazer da inclusão o novo luxo. A estratégia tem gerado um crescimento entre 40% e 50% no período de um ano e meio. O direcionamento está sendo aplicado em várias frentes. Exemplos disso são as campanhas realizadas apenas com modelos negros, a arquitetura de novas lojas com foco em diminuir a distância entre produto e consumidor, com maior “touch and feel” (tocar e sentir). Também é possível notar esta nova mentalidade na disponibilidade de linhas de produtos: a Gucci abraça a todos os públicos.  Encontra-se desde as clássicas bolsas com monograma que atendem a um público mais conservador, como bolsas da linha “Guccy”, que atendem às mais fashionistas.


 


Enfim, mudanças significativas como estas levam tempo, mas, o importante é que as empresas deem o primeiro passo.


 


Fonte: Mercadoeconsumo– Editada