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Estratégias para fomentar o comércio no atual cenário econômico

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As consequências do atual cenário econômico para os setores de comércio e serviços foi o tema da reunião do Conselho CDL Hipercentro desta terça-feira, 15 de março. O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, e o diretor do Conselho, Jonísio Lustosa, receberam deputados, vereadores e diversos empresários para debater o assunto.
 
Lustosa iniciou a reunião lembrando que não há como ter uma cidade desenvolvida, se o comércio local também não estiver. “Um dos princípios das CDL/BH está aqui em nosso painel: Se a cidade vai bem, o comércio vai bem. Por isso, eu questiono os parlamentares presentes. Quais estratégias vão fazer para salvar o comércio diante dessa crise econômica, antes que seja tarde?”, fala o diretor.
 
Além de todas as consequências que o comércio já vem enfrentando por causa da crise econômica, Lustosa cita ainda a alteração de data do recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que foi antecipada a data do dia nove da cada mês para o dia dois do mesmo mês. “O governo não tem como honrar suas dívidas e quer jogar a conta para nós empresários pagarmos. Nós já temos que pagar nossos funcionários no quinto dia útil, pagar o ICMS no dia dois, vai nos deixar ainda mais sufocados”, afirma.
 
O presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSDB), disse que precisamos fazer reformas importantes, que o Partido dos Trabalhadores (PT) não fez nesses 13 anos no poder. “A reforma trabalhista é essencial. A previdência social possui um prejuízo astronômico.
O Brasil é o país campeão de impostos, precisamos da reforma tributária. Na educação, estamos formando analfabetos funcionais e na segurança estamos refém dos bandidos”, expõe o deputado. Ele ainda acrescenta que “é fundamental uma gestão que valorize quem produz e quem trabalha. Hoje o poder público ao invés de ajudar somente atrapalha”, reconhece o deputado.
 
Já o deputado estadual Felipe Attiê (PP) defende um estado menor e mais racional. “Nós precisamos de uma política mais liberal. O governo não tem condições de realizar tudo, cuidar da saúde, educação, segurança. O governo precisa apontar o caminho e realizar ações mais macro, como um tratado de livre comércio com países parceiros como o México, Austrália e Chile, por exemplo”, justifica Attiê. Segundo o deputado, a Frente parlamentar terá uma reunião com o Secretário de Estado de Planejamento, Helvécio Magalhães e será apresentada a insatisfação e o desejo de saber quais atitudes serão realizadas.
 
O deputado estadual Dalmo Ribeiro (PSDB) agradeceu o engajamento da CDL/BH na luta em favor dos empresários e trabalhadores e contra o aumento de impostos. “Esse governo tem sido inimigo do emprego e da renda. Parabenizo a CDL/BH que esteve conosco na luta contra o aumento da carga tributária de 152 produtos, pois esse aumento vem assolando o comércio, a indústria e sociedade”, destaca Ribeiro.
 
O único deputado estadual da base governista presente na reunião, Paulo Lamac (PT), disse que, com a crise, estamos vivendo um extremismo e um radicalismo político e muitos partidos estão adotando a política de quanto pior, melhor. Em relação ao adiantamento do ICMS do dia nove para o dia dois, Lamac explica que o Governo de Minas está falido, devido a queda brusca dos preços das commodities no mercado internacional. O minério de ferro era a principal receita do Estado, pois existem poucas empresas de grande porte em Minas Gerais. “É preciso buscar alternativas de fomentar a circulação de recursos locais para gerar receita para o Estado”, explica Lamac. 
 
O presidente Bruno Falci lembrou que a CDL/BH já enviou um ofício ao Governo de Minas solicitando a permanência do ICMS no dia nove de cada mês. Ele também disse que a entidade vem tentando diálogo constante com as secretarias do governo para buscar alternativas para o comércio diante a crise, mas está difícil. “O governo não senta a mesa conosco. Sabemos as dificuldades que o Pimentel vem enfrentando, mas ele ao menos nos ouve”, concluiu Falci.
 
Bráulio Filgueiras
Comunicação e Marketing