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Economia recua 1,7% no 3º trimestre, e país segue em recessão

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O Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,7% no terceiro trimestre de 2015, em relação aos três meses anteriores. Considerando o período de julho a setembro, essa retração é a maior da série histórica, que começou em 1996. No segundo trimestre, o PIB já havia recuado 2,1% (segundo dado revisado). Com esse resultado, a economia brasileira segue em recessão.

Em relação a igual período de 2014, a queda foi de 4,5%. No acumulado em quatro trimestres, o PIB recuou 2,5%. De janeiro a setembro o PIB acumula queda de 3,2%.

Neste trimestre, a queda foi disseminada nos três setores da economia que entram no cálculo do PIB. A agropecuária registrou retração de 2,4%, a indústria, de 1,3%, e os serviços, de 1,0%.  

(Imagem 1)

O que aconteceu em cada setor

De acordo com o IBGE, na indústria, a baixa foi puxada pelo recuo no desempenho da indústria de transformação (-3,1%), seguida pela construção civil (-0,5%) e pela indústria extrativa mineral (-0,2%).

No setor de serviços, o comércio, que vem mostrando seguidamente resultados desanimadores, registrou a maior queda, de 2,4%. Outros serviços sofreram redução de 1,8%; transporte, armazenagem e correio, de 1,5%; serviços de informação, de 0,5%, e atividades imobiliárias, de 0,1%.

Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre do ano alcançou R$ 1,481 trilhão.

(Imagem 2)

Gastos do governo em alta

Pelo terceiro trimestre seguido, o gasto das famílias, que por muito tempo impulsionou o crescimento da economia brasileira, recuou. Na comparação com o segundo trimestre, a queda foi de 1,5%. Por outro lado, as despesas do governo subiram 0,3%. Outro indicador que entra na "ótica de despesa" é a Formação Bruta de Capital Fixo, que são os investimentos em produção, recuou 4% – o nono resultado negativo seguido.

(Imagem 3)

O que o Brasil compra e vende para fora do país também entra no cálculo do PIB. Mesmo com a temporada de valorização do dólar, que deixa as exportações mais vantajosas, as vendas de bens e serviços para o exterior diminuíram 1,8%. As importações seguiram a mesma tendência e sofreram redução de 6,9%.

De julho a setembro, a taxa de investimento ficou em 18,1% do PIB. No terceiro trimestre do ano passado, o índice havia sido de 20,2%. A taxa de poupança foi de 15% no terceiro trimestre de 2015, menor que a do mesmo período de 2014.

(Imagem 4)

Comparação com 3º trimestre de 2014

Em relação ao mesmo período do ano passado, os resultados foram parecidos com os da comparação trimestral, porém, mais intensos.

A indústria, por exemplo, recuou 6,7%, sob influência da queda da produção de máquinas e equipamentos e da indústria automotiva. E a retração de quase 10% do comércio também influenciou negativamente o setor de serviços, que mostrou queda de 2,9%.

A agropecuária foi o único dos três setores que teve uma baixa inferior a da verificada nas comparações trimestrais: de 2%.

Nessa base de comparação, o consumo das famílias recuou 4,5%. O IBGE atribui esse resultado negativo à deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda. As despesas do governo também seguiram a mesma tendência e caíram 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Na análise da Formação Bruta de Capital Fixo, a retração foi de 15%, a maior da série histórica da pesquisa. O que pesou foram as quedas das importações e da produção interna de bens de capital.

Fonte: G1