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Economia pode voltar a crescer, já este trimestre

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A economia brasileira vai voltar a crescer já no 1º trimestre, de acordo com relatório do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).


 


A previsão é de alta de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) após o que devem ser 8 trimestres seguidos (dois anos inteiros) de queda.


 


O PIB do 4º trimestre só será divulgado em março, mas todos os indicadores disponíveis até o momento apontam para um número negativo.


 


Balanço de riscos


 


A perspectiva de retomada já no começo do ano seria resultado de um “alento no balanço de riscos”, segundo a FGV.


 


A convergência da inflação em direção ao centro da meta está permitindo que o Banco Central relaxe a política monetária.


 


O corte da Selic em janeiro foi acelerado para “um novo ritmo” de 0,75 ponto percentual e o último Boletim Focus, prevê que a taxa termine o ano em 9,5%.


 


Outro ponto positivo foi a liberação dos recursos das contas inativas do FGTS no valor de R$ 30 bilhões – suficiente para levar o fator “consumo” de território neutro para levemente positivo, segundo o IBRE.


 


Outros fatores citados são uma boa safra agrícola, números mais positivos de produção industrial e uma reversão da tendência de queda da confiança.


 


Um fator negativo é o desemprego, que deve continuar em trajetória de alta até pelo menos a metade do ano.


 


Entre as incertezas estão o impacto das medidas de Donald Trump nos Estados Unidos, o efeito da continuidade das investigações no âmbito da Lava Jato e qual tipo de reforma da Previdência será aprovada.


 


Mesmo com retomada já no 1º tri, a previsão do IBRE é que o peso dos dados negativos de 2016 faça com que 2017 termine com apenas 0,3% de crescimento no balanço (veja outras previsões).


 


O governo espera uma retomada de 0,3% a 0,5% já no 1º trimestre e que a previsão de crescimento de 1% em 2017 será mantida.


 


Se o governo revisar esse número, terá que definir também como vai cumprir a meta de déficit primário; a arrecadação em 2016 teve o pior resultado desde 2010.


 


Fonte: Exame – Editado