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É possível poupar dinheiro mesmo na crise?

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Você comprou no supermercado as mesmas coisas de sempre, mas, por causa da inflação elevada, a conta a ser paga no caixa está bem acima do que costumava ser. O seu salário, por outro lado, não tem acompanhado o aumento dos preços. Naturalmente fomos reduzindo as despesas em casa, simplesmente porque começamos a perceber que o dinheiro não estava mais dando.


E, se está complicado fechar a conta no azul, que dirá conseguir guardar um pouquinho para criar uma reserva financeira! Deixamos alguns planos de médio e longo prazo um pouco de lado. Não dá para pensar em viagens ou em investir dinheiro neste momento. Segundo especialistas em finanças pessoais, no entanto, é preciso, sim, se organizar para poupar dinheiro, mesmo na crise. Assim, mesmo que a quantia a ser guardada mensalmente seja reduzida, algum valor deve ser reservado.


 1 – Entenda que poupar é fundamental


Junto com o aumento dos preços, a atual crise traz consigo outra preocupação: os altos índices de desemprego. Há muito tempo não se ouvia tantos amigos e pessoas próximas comentarem o quanto elas estão temerosas em perder o emprego, não é mesmo? Você mesmo pode estar com essa sensação, ou, se for autônomo, sentindo que está mais complicado ganhar o mesmo que costumava receber antes. Assim, durante a crise, poupar dinheiro torna-se ainda mais importante. “O ideal é que o consumidor encare como uma tarefa natural reservar parte do orçamento do mês. Dessa forma, em tempos de crise como o atual, pode passar por ocasionais apertos com maior segurança e tranquilidade. É fundamental que a pessoa tenha consciência da importância de se economizar e organize-se financeiramente com este objetivo em mente”, diz Vignoli. Acredite, quando temos claro nosso objetivo e a importância dele, economizar deixa de ser uma tarefa impossível!


 Quem tem dívidas deve ser ainda mais organizado e comprometido em poupar. Pense na dívida como algo que pode colocar em risco a sua saúde financeira e no ato de poupar como uma forma de garantir seu bem estar econômico. Assim, cada real faz diferença. E conseguir pagar em dia suas pendências deve ser sua prioridade! “Neste caso, antes de começar a criar a reserva para imprevistos, o foco deve ser em pagar seus compromissos em dia e livrar-se o quanto antes daqueles que estiverem atrasados. Caso tenha dívidas em atraso, priorize aquelas em que os juros são mais altos, como as do cartão de crédito e cheque especial e aquelas que podem implicar em corte de serviços como água, luz e telefone. Além disso, negocie com os credores, considerando, inclusive, mudar o tipo de financiamento ou fazer a portabilidade da dívida”, aconselha o educador financeiro. Nosso Simulador de Troca de Dívida pode ajudar.


 2 – Organize-se!


Fica muito mais difícil economizar sem organizar seus gastos. “Seja via planilha, aplicativo ou na boa e velha caderneta, o importante é que você possa enxergar, no final do mês, exatamente em que gastou o seu dinheiro”, diz Vignoli. Fazendo isso, saberá para onde está indo seu salário e verá que ele não está “sumindo”, mas muitas vezes está apenas sendo gasto em pequenas coisas. Nosso Simulador Diagnóstico Financeiro te ajuda a entender suas entradas e saídas.


Com os gastos organizados, após receber o seu salário, pague todas as suas contas essenciais primeiro (luz, água, telefone, fatura do cartão, supermercado, etc). Do montante que sobrar, já separe o que será destinado à reserva financeira. Além disso, vale deixar estipulado o valor que pretende gastar com coisas que queira, mas não são essenciais, como uma blusa nova por exemplo. Assim, não corre o risco de se perder e acabar extrapolando nestes gastos supérfluos. E nada de considerar o dinheiro parado na conta corrente como reserva financeira. Prefira sempre dar um destino para esse valor, nem que seja a poupança. Mesmo rendendo abaixo da inflação, o dinheiro rende mais do que parado na conta.


 3 – Faça sobrar dinheiro no fim do mês


Não adianta saber que precisa poupar mas não conseguir guardar nada! Com ou sem crise, rever hábitos de consumo é imprescindível para conseguir economizar. Veja o que pode mudar no dia a dia para isso:


 •  Gaste com consciência. Isso significa comprar somente o necessário e após ter feito uma boa pesquisa de preços;


•   Estude substituir algumas marcas por outras mais baratas;


• Evite pagar o mínimo do cartão, usar o cheque especial ou pedir empréstimos a qualquer custo. Os juros cobrados nesse tipo de operação podem virar uma bola de neve da qual será muito difícil escapar;


• Prefira pagar à vista, hábito que te dá maior noção de seus gastos, além de possibilitar que consiga um bom desconto muitas vezes;


• Avalie o quanto gasta por mês com serviços que, embora não possam ser cortados, podem ser barateados, como por exemplo suas contas básicas (água, luz, gás, telefone e internet). Faça o mesmo com pacotes como academia, TV a Cabo, plano do celular… Muitos desses serviços possuem planos mais baratos. Lembre-se: a menor das economias faz diferença e poderá ser direcionada para uma reserva financeira!


• Evite as compras por impulso (não planejadas) em shoppings e supermercados. Lembre-se sempre de perguntar a si mesmo se de fato precisa do item antes de adquiri-lo. Poder dividir em muitas parcelas ou achar algo em promoção pode ser bastante atrativo, mas ainda significa gastar dinheiro, e muitas vezes em algo que você não necessita. Fique atento e prefira economizar;


• Reveja hábitos do dia a dia que podem resultar em economia, como usar menos o carro, comer menos fora, evitar pequenos gastos.


• Negocie o aluguel. Tivemos alguns anos de prosperidade econômica, em que a oferta de imóveis aumentou bastante. Agora, por causa da crise, houve queda no valor dos imóveis, tornando o momento vantajoso para bater um papo com o proprietário e buscar um desconto no aluguel. Segundo dados do Índice Fipe Zap, no ano passado houve uma queda real de 12,66 por cento no preço dos alugueis (já levando em conta a inflação do período).


Fonte: Meu Bolso Feliz – http://meubolsofeliz.com.br/