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COPOM eleva taxa de juros

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O Comitê de Politica Monetária (COPOM) do Banco Central continuou com o ciclo de aumentos da taxa de básica de juros (SELIC), com uma nova variação de 0,5 pontos percentuais; desta forma, a SELIC atingiu o patamar de 9,5% a.a. De acordo com o relatório Focus, do Banco Central, que mede as expectativas do mercado para vários indicadores econômicos, o Comitê de Política Monetária não alterará sua visão e continuará ajustando para cima o valor da taxa básica de juros. 


 


O principal motivo do BACEN seguir firme em suas ações de aumento da taxa de juros é o controle dos preços da economia. Após um ano de cortes de juros (de Janeiro/12 a dezembro/12 a queda foi de 3 p.p., passando de 10,5% para 7,5% a.a.), o COPOM iniciou a alta depois de constatar um avanço do IPCA (divulgado pelo IBGE, serve como referência para a inflação) nos três primeiros meses do ano, chegando a ultrapassar o teto da meta em março, no acumulado de 12 meses, quando alcançou 6,59%. Em maio, o índice ficou no limite da meta (6,5% no acumulado de 12 meses) e em junho chegou a 6,7%, maior valor no acumulado desde outubro de 2011.


 


A resistência da inflação em retornar ao patamar estipulado tem forçado o governo a deixar o Banco Central mais livre para tomar suas decisões, na busca do controle inflacionário. Porém, felizmente, os índices de desemprego se mantendo em valores baixos, conforme visto em agosto onde a desocupação total foi de 5,3%, os trabalhadores têm tido aumentos reais significativos na renda (média de R$ 1.883,00 em agosto/13, crescimento de 1,7% comparado com julho/13 e 1,3% comparado com agosto/12). O crédito também tem crescido de forma mais sustentável, aumentando 5,1% em 2013. Todos estes fatores contribuíram para o crescimento de 1,5% do PIB no segundo trimestre, valor acima do esperado tanto pelo governo quanto pelo mercado. A expectativa melhor para o crescimento tem deixado um espaço maior para o aumento, já que a melhora nos indicadores afasta um perigo de desaceleração da economia com o aumento da taxa SELIC.


 


O comércio sentirá o impacto do aumento dos juros, na medida em que os custos do crédito aumentam, dificultando o consumo por parte das famílias. Para o comércio seria muito bom se os juros caíssem, possibilitando um impulso extra no comércio nas datas de fim de ano, porém a pressão inflacionária que tem comprometido os orçamentos familiares justifica o aumento dos juros.