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Consumidores de Belo Horizonte terminaram o ano de 2018 mais inadimplentes

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Mesmo com a melhora do cenário econômico ao longo dos últimos meses os consumidores belo-horizontinos terminaram 2018 mais inadimplentes. O número de consumidores de Belo Horizonte, com o nome inscrito no cadastro de devedores do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), encerrou o ano de 2018 em alta. Na comparação anual (Dez.18/Dez.17) a inadimplência aumentou 0,75%. Essa elevação pode ser explicada pelo atraso do salário e o não pagamento do décimo terceiro salário para o servidor público estadual.


Outros fatores que impactaram na elevação da inadimplência é o índice de desemprego, que apesar de estar desacelerando ainda continua alto, além da inflação, que cresceu 0,8 pontos percentuais (3,75% em 2018/2,95% em 2017). “O aumento da inflação juntamente com a alta taxa de desemprego impactam diretamente no custo de vida das famílias, diminuindo a renda disponível para o pagamento de dívidas, o que favorece o crescimento da inadimplência”, explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva.


Na base de comparação mensal (Nov.18/Dez.18), houve uma queda de 1,54% no número de pessoas inadimplentes em Belo Horizonte.  Esta redução é reflexo do pagamento da primeira parcela do 13º salário para a iniciativa privada, onde as pessoas costumam destinar uma parte desta renda para o pagamento das dívidas.


A faixa etária acima de 65 anos, foi a que mais cresceu no número de inadimplentes no mês de dezembro (21,49%). “As pessoas nesta faixa etária geralmente são as responsáveis financeiramente pelas famílias e têm gastos mais elevados com a saúde, o que causa dificuldade para honrar seus compromissos em dia. Com isso, elas sentem mais no bolso os reflexos do aumento do custo de vida”, esclarece o presidente da CDL/BH. Entre os gêneros, o endividamento foi maior entre as mulheres, com crescimento de 0,46%. Já entre os homens, houve queda de 0,55%.


Número de dívidas cai 2,36% entre os consumidores da capital


Com menos dívidas em atraso os belo-horizontinos terminaram o mês de dezembro, na comparação ao mesmo mês no ano anterior (Dez.18/ Dez.17), com queda de 2,36% no número de débitos vencidos. Esse decréscimo pode ser explicado pela recuperação econômica, que mesmo de forma lenta, vem desde 2017 mostrando melhora. “Os consumidores vêm tentando quitar suas dívidas e organizar sua situação financeira para que possam voltar ao mercado de consumo”, explica Marcelo de Souza. Na variação mensal (Dez.18/Nov.18) houve queda de 2,71% no número de dívidas em atraso.


A maioria das dívidas (18,72%) está concentrada entre as pessoas com mais de 65 anos. Nessa faixa etária encontram-se os aposentados, que em sua grande maioria, sofreram redução de renda e ao mesmo tempo tiveram suas despesas elevadas, o que favorece o aumento das dívidas. De acordo com dados do IBGE, a renda real média, no 3º tri.18, de pessoas com mais de 60 anos em Belo Horizonte, foi de R$ 3.070. Já no mesmo período de 2017 era de R$ 3.291, o que representa uma queda de 6,7%.  


inadimplência e dívidas das empresas aumentam em dezembro


O volume de empresas inadimplentes cresceu 6,98% em dezembro na variação anual (Dez.18/Dez.17) Neste mesmo período do ano passado, a alta foi de 6,99%. “Apesar de o indicador apresentar um crescimento, podemos destacar que, devido a melhora no cenário econômico houve uma queda em relação aos anos anteriores”, comenta Silva. “Apesar da elevação no indicador de devedores, o número médio de dívidas caiu de 2,017 em dezembro de 2017 para 1,952 em dezembro de 2018”, conclui o presidente da CDL/BH.