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Consumidores acima dos 50 anos lideraram inadimplência em 2014, aponta CDL/BH

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O indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) apontou índices de elevada inadimplência entre os consumidores acima dos 50 anos, com maior concentração no intervalo de idade de 85 a 94 anos. No mês de dezembro, na comparação com o mês anterior, consumidores de 50 a 94 anos foram responsáveis por 15,67% de registros no SPC da CDL/BH.


 


A economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, atribuiu o desempenho ao aumento do custo de vida nesta faixa etária. “Despesas com remédios e planos de saúde acabam corroendo a renda destes consumidores”, afirmou. “Além disso, muitos idosos cedem à facilidade dos empréstimos consignados, fator que acaba comprometendo o orçamento financeiro, e, consequentemente, o pagamento de dívidas”, completou.


 


Por outro lado a inadimplência entre pessoas de 18 a 24 anos caiu 13,27% em dezembro na comparação com novembro. A queda também foi apresentada durante todos os meses do ano de 2014. Na faixa etária de 25 a 49 anos a inadimplência cresceu 0,95% em dezembro quando comparado ao mês anterior.


 


A quantidade de pessoas físicas inadimplentes registradas no banco de dados do SPC da CDL/BH no mês de dezembro apresentou queda de 2,24% em relação a novembro. De acordo com a economista da CDL/BH um dos fatores que contribuiu para esta queda é o pagamento do 13º. salário. “A primeira parcela do 13º. salário, paga geralmente em novembro, é direcionada para o pagamento de dívidas”, disse Ana Paula.


 


Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Dezembro de 2013) foi verificado aumento de 0,4% no índice de inadimplência da capital mineira. Mesmo que menos expressiva em relação a 2013, foi verificado alta da inadimplência durante todo o ano de 2014. “Esse crescimento no ano é resultado do efeito da combinação de inflação alta e juros elevados”, explicou Ana Paula. “Houve aumento no custo de vida dos brasileiros, principalmente nos preços de alimentos e habitação, levando a uma maior dificuldade em negociar as dívidas e manter as finanças em dia. Sobretudo para os consumidores que possuem dívidas como empréstimos e financiamentos e não fazem o planejamento financeiro, há aumento da inadimplência”, completou.