Comissão formada para discutir projeto de revitalização do Polo da Moda

À medida que o início da revitalização da região do Barro Preto, conhecida como o Polo da Moda, se aproxima, mais comerciantes, preocupados com os impactos das obras em seus negócios, participam das reuniões do Conselho CDL Barro Preto. A mais recente delas, realizada na sede da CDL/BH na última sexta-feira, 16 de maio, com a coordenação do diretor Fausto Izac, lotou o Pilotis da Entidade.

 

A preocupação dos lojistas quanto ao tempo de preparação até início das obras se baseia nas informações passadas pelo Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Marcílio Batista Silva. Segundo ele, a intenção é que seja publicado o edital de licitação da obra em 30 de maio. Depois de todo o processo licitatório, a previsão é que as obras iniciem em setembro.

 

“Somente quando tivermos a empresa vencedora da licitação é que ela poderá sentar e discutir com a Sudecap o plano de trabalho. Depois disso, nós apresentaremos para CDL/BH e a sociedade para análise, na busca de causar o mínimo de trauma possível”, explicou Batista.

 

A previsão é que as obras tenham a duração de 13 meses. Marcílio Batista esclareceu que durante esse período, empresas concessionárias, como Cemig, Copasa e telefonias no geral, farão cada qual a sua própria intervenção para cuidar da sua rede. 

 

Apesar disso, ele prometeu que no plano de trabalho cada comerciante terá o período em que a obra estará na porta da sua loja. “De forma alguma vamos nos omitir, todos terão informação de quando teremos cada etapa da obra”, acrescentou o chefe de gabinete.

 

Ele também deixou claro que o terceiro turno de trabalho, para agilizar as obras, não será possível. O custo é muito maior, devido a questões trabalhistas. Além disso, teria que enviar para a Caixa a alteração nos valores do projeto, o que atrasaria ainda mais o início da revitalização. 

 

Assim também, alguns lojistas presentes na reunião solicitaram alterações no projeto referente à Rua Mato Grosso, que sofrerá as maiores alterações paisagísticas. Uma delas é a retirada dos bancos de granitos. Segundo eles, os bancos serão utilizados pelos “moradores de rua”, afastando os clientes das lojas.

 

Outra sugestão, dessa vez da urbanista da CDL/BH, Lourdes Maria Rodrigues de Aguiar, é a retirada da ciclovia da Rua Mato Grosso para o incremento de vagas de estacionamento. “Eu estava analisando o projeto e a ciclovia é apenas um trecho, não leva a lugar algum. A retirada dela poderia ser utilizada para vagas de estacionamento”, explicou.

 

O urbanista da Gerência de Desenhos Urbanos da PBH, Mauro César da Silva Ribeiro, explicou que essas modificações também alterariam o projeto inicial e posterior aprovação pela Caixa. O secretário Municipal Adjunto de Planejamento Urbano, Leonardo Amaral Castro, disse que vem sendo estudado o incremento das vagas de estacionamento na região, mas mantendo o projeto paisagístico original.   

 

A urbanista da CDL/BH também apresentou várias sugestões aos representantes da PBH para minimizar os impactos das obras para os comerciantes. Entre elas, o uso de tapumes translúcidos e iluminação abaixo da copa das árvores para proporcionar mais segurança, além de placas indicativas em cada quarteirão mostrando quais lojas estão presentes ali.

 

O coordenador Fausto Izac sugeriu a criação de uma comissão para tratar os assuntos e propor soluções antes de serem apresentadas nas reuniões do Conselho CDL Barro Preto. Assim as reuniões ganham mais agilidade e eficácia quanto as resoluções. A comissão foi formada por comerciantes da região, representantes da PBH, entre eles o secretário Leonardo Amaral Castro e representantes da CDL/BH. A próxima reunião do Conselho será no dia 13 de junho.

 

Bráulio Filgueiras 

Comunicação CDL/BH