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Comércio espera incremento nas vendas com o Carnaval

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A dez dias do que promete ser o maior Carnaval que Belo Horizonte já teve, a CDL/BH recebeu nesta quinta-feira ( 5) o presidente da Belotur (Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte), Mauro Werkema. Ele participou da reunião semanal do Conselho Consultivo da Entidade e explanou sobre as oportunidades que o evento pode trazer para o comércio local. 


 


Nos últimos anos, Belo Horizonte tem vivido um novo fenômeno cultural e sociológico, que é o Carnaval caracterizado pelo surgimento dos blocos de rua, que crescem a cada edição, assim como também o número de foliões que os acompanham. Com isso, já estão registrados para esse ano mais de 170 blocos na Belotur e espera-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas sejam atraídas para o evento.


 


 Segundo Werkema, alguns fatores podem explicar o sucesso repentino da festa. Para ele, BH é uma cidade caracterizada pela economia criativa, que é alimentada pela inovação, conhecimento e pelos serviços que buscam lazer, cultura e entretenimento. Além disso, o Carnaval da capital é uma festa familiar, pacifica, de bairros, com mais segurança e de graça. “Esse é o perfil do nosso Carnaval e estamos trabalhando com planejamento para que continue sendo dessa forma”, disse.  


 


Outros fatores destacados pelo presidente da Belotur foram a quantidade de blocos de rua e também a internet que contribui para a realização e promoção de eventos. A crise hídrica, que fez com que algumas cidades mineiras cancelassem o Carnaval, também pode contribuir para atrair mais visitantes este ano.


 


Planejamento – Para receber bem os foliões, Werkema afirma que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a Belotur, a BHTrans e demais parceiros ligados ao evento têm se reunido constantemente para discutir cada detalhe. Há um esforço dessas instituições em relação ao planejamento para que a festa ocorra sem problemas. Este será o maior Carnaval realizado pela PBH, que está investindo mais de R$ 6 milhões na organização da festa. E para assegurar tranquilidade na folia, a Polícia Militar deve colocar seis mil policiais nas ruas da Capital.


 


Werkema destaca que o Carnaval de BH deve ser percebido como atrativo turístico. Segundo ele, 9% do PIB mundial está ligado ao turismo, número que cresce de 4 a 5% ao ano. Esse incremento deve-se à necessidade de consumo de cultura, aumento da educação e facilidade dos transportes. “O turismo hoje, nesse mundo conectado, não é mais só o da praia ou o cultural, ele movimenta uma cadeia econômica extremamente importante, e Belo Horizonte é cada vez mais uma cidade de turismo eventos e negócios”, disse.


 


Reflexos no comércio – Pela primeira vez, as agências de turismo ofereceram pacotes para hospedagem em BH durante o Carnaval, com resultados positivos. A rede hoteleira também já percebeu aumento no número de reservas. E, de acordo com Werkema, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) espera um crescimento de 30% no consumo em bares e restaurantes. 


 


Diante disso, os empresários belorizontinos já pensam em rever sobre o funcionamento do comércio durante o feriado, que há anos é fechado na segunda, terça e quarta-feira até o meio dia. O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, afirma que é necessário negociar com o Sindicato dos Comerciários para que o comércio volte a funcionar na segunda-feira, dia em que é comemorado o dia do comerciário. “O comércio não abria porque as pessoas não ficavam em Belo Horizonte, mas agora precisamos repensar isso, pois não só os empresários se beneficiarão, mas também os profissionais que recebem comissão pelas vendas”, disse. 


 


Werkema compartilha dessa ideia. Segundo ele, Belo Horizonte cada vez mais afirma sua vocação para o turismo de negócios e eventos e o comércio é importante nesse contexto, faz parte da identidade da cidade, e é responsável por 63% do PIB do município. Por isso, a abertura na segunda-feira de carnaval deve ser revista. 


 


 


Dálcia de Oliveira

Comunicação e Marketing da CDL/BH