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CDL/BH sedia o 1º Congresso Regional de Crédito e Cobrança de Belo Horizonte

Apoio ao Comércio

 
A CMS e a CDL/BH realizaram nesta quinta-feira (28), na sede da Entidade, o 1º Congresso Regional de Crédito e Cobrança de Belo Horizonte, que teve por objetivo centralizar informações e discussões do mercado, sob os pontos de vista de fornecedores, clientes, usuários e profissionais do segmento de crédito e cobrança.
 
O evento foi aberto pela economista Rita Mundim, com uma análise sobre o cenário econômico atual do país, na palestra “Brasil: economia fria em um ano morno”. Segundo Mundim, estamos cometendo os mesmos erros dos anos de alta inflação, com o congelamento de preços. Para ela, o investimento é a chave para combater a inflação, mas estamos caminhando para o lado oposto. Praticamente não há investimentos no país, não temos produzido riquezas e as únicas indústrias sobreviventes são as referentes à extração de minérios, agronegócios e a da construção civil. 
 
Crédito
 
A inteligência de crédito no ciclo de negócios das empresas também foi tema do evento. No debate máster intitulado “A estratégia do crédito como fator de crescimento”, Ricardo Loureiro, da Expert, Romeu Zema Neto, diretor da Zema, e Henrique Fernando Lucas, vice-presidente do Banco Semear, abordaram o assunto, sob a mediação de Nival Martins, superintendente do SPC Brasil.
 
De acordo com Martins, conceder crédito é um desafio diário, pois quando a empresa libera muito, sofre com o aumento da inadimplência, e se ela libera pouco, perde em vendas. Dessa forma, é necessário encontrar um equilíbrio. Ele afirma que a análise diária deve ser criteriosa e o mercado oferece inúmeras ferramentas para isso. “Temos que liberar crédito com mais qualidade, para emprestarmos melhor, pois se eu concedo um crédito bom, vendo e recebo mais”, disse.  
 
Os debatedores avaliaram positivamente o uso de ferramentas estatísticas de análise, como o Score do SPC Brasil, que informa a probabilidade do consumidor tornar-se inadimplente nos próximos meses. De acordo com Lucas, essa ferramenta traz relatórios aprofundados e ainda reduz os custos da empresa e propicia uma liberação do crédito mais ágil. “Eu consigo dar mais crédito porque o Score separa o bom do mal pagador”, afirmou. Zema disse que essa ferramenta traz agilidade, pois ela propicia a análise do dobro de propostas diárias. Mas, para ele, essas ferramentas estatísticas não substituem a decisão final de um profissional de análise de crédito
 
Outro ponto levantado pelos debatedores foi sobre as estratégias adotadas para redução de custos nas vendas. De acordo com Loureiro, muitas empresas têm adotado o crediário próprio ou voltado a aceitar cheques, pois os custos são mais baratos do que as taxas cobradas pelas administradoras de cartões de crédito. Zema afirmou utilizar o crediário próprio, mas também pelo perfil de seus consumidores. Segundo ele, no interior do Estado, onde suas empresas estão concentradas, grande parte das pessoas não tem acesso a serviços bancários e cartões de crédito. Para Lucas, essa é uma característica do nosso país, em que apenas nas metrópoles as pessoas têm acesso a crédito bancário. 
 
 
Dálcia de Oliveira
Comunicação e Marketing da CDL/BH