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Brasileiro perdeu um terço da riqueza em dólar desde 2011

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A riqueza do brasileiro medida em dólar caiu em um terço desde 2011, de acordo com um relatório lançado hoje pelo Credit Suisse.


Entre 2000 e 2011, a riqueza média por adulto no país triplicou de US$ 8 mil para US$ 27 mil, mas já despencou para a faixa dos US$ 18 mil.


O valor em real continuou subindo, mas esse ganho foi largamente corroído pela inflação.


É esse um dos motivos que fazem o brasileiro se apegar tanto a ativos reais (como imóveis), que protegem contra esse tipo de movimento, diz o banco.


“Afligido por tanto uma crise econômica quanto política, o Brasil claramente enfrenta dificuldades sérias. A história de riqueza do Brasil foi portanto uma de boom e colapso”, diz o texto.


O número médio esconde o nível de desigualdade. O Brasil tem ao mesmo tempo 172 mil milionários e 24 milhões de representantes no grupo dos 20% mais pobres do planeta.


O banco diz que isso é resultado, entre outros fatores, da desigualdade de nível educacional e do fosso entre os setores formal e informal da economia.


Mundo


A riqueza no mundo cresceu 1,4% nos últimos 12 meses para US$ 256 trilhões.


Foi o suficiente apenas para acompanhar o ritmo de crescimento populacional, mantendo a riqueza por adulto inalterada pela primeira vez desde 2008.


Estados Unidos e Japão tiveram ganhos significativos enquanto o Reino Unido viu US$ 1,5 trilhão ser varrido da sua riqueza total com a queda do mercado de ações e da cotação da libra após o Brexit.


Com exceção da Ásia Pacífico e da América do Norte, todas as regiões do mundo viram a sua riqueza em dólar cair ao longo do ano que passou.


“Em períodos mais longos, as tendências em riqueza domiciliar estão fortemente relacionadas com crescimento econômico, taxas de poupança e fatores demográficos. Em períodos mais curtos, as mudanças acompanham mais de perto os movimentos de preços de ativos e taxas de câmbio”, diz o texto.


A Suíça é a líder mundial em riqueza por adulto (mais de meio milhão de dólares) e o Chile é o destaque na América Latina.


China, Coreia do Sul e Indonésia são exemplos de ascensão rápida na pirâmide e a Índia é um dos lugares com mais potencial para o futuro próximo, já que parte de uma base baixa.


A metade mais pobre da população global tem menos de 1% da riqueza total enquanto os adultos entre os 10% mais ricos detém 89% desse valor; o 1% no topo tem nas mãos metade dos ativos globais.


 


Fonte: Exame.com