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Atraso exagerado na entrega dos livros escolares

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O coordenador da Câmara Setorial de Livrarias e Papelarias, Adriano Boscatte, e empresários do segmento debateram o atraso excessivo na entrega de livros escolares por parte das editoras e suas distribuidoras junto às papelarias. O assunto foi o tema principal na última reunião da Câmara realizado na sexta-feira, dia 21 de março, na CDL/BH.


 


Boscatte explicou como funciona o procedimento da compra e entrega dos livros escolares. Segundo ele, o setor comercial das editoras deixam nas escolas as sugestões de livros, que escolhem qual livro será adotado por cada turma. Os nomes dos livros escolhidos são repassados aos pais dos alunos, que ao comprarem o material escolar nas papelarias, também encomendam os livros. A partir deste momento que começam os problemas.


 


De acordo com Boscatte, os prazos de entrega dos livros nunca são cumpridos pelas editoras que fabricam os livros e também por suas distribuidoras e quem acaba com a imagem desgastada perante os pais dos alunos são as papelarias que estão na ponta final de entrega do produto para os clientes.  “Todo livro que não chega, o cliente reclama, protesta. Ele marca a loja onde teve problema, é um constrangimento para nós”, explica o coordenador.


 


Neste contexto existem algumas causas apresentadas para o atraso. As editoras alegam que as escolas não informam quais livros foram adotados, recebendo as demandas já das papelarias, o que congestiona a fabricação e consequentemente a entrega. Já as papelarias afirmam que a cada ano que passa as editoras dificultam cada vez mais o trabalho das mesmas, aumentando absurdamente o valor dos livros repassados, vendendo por meio das distribuidores diretamente nas escolas, sem o pagamento de tributos e atrasando a entrega do material.


 


“Talvez seja o momento de criar parcerias com as próprias escolas que estão do nosso lado”, expos o coordenador. Boscatte diz que as escolas são muito prejudicadas com os atrasos dos livros. “Já estamos no final de março e tem escolas que os alunos ainda estão sem livros. Para não comprometer o cronograma, as professoras tiram xerox de cada unidade e distribuem aos alunos”, completa Boscatte.  


 


As principais escolas, elencadas pela Câmara Setorial de Papelarias, serão convidadas para uma reunião na CDL/BH para tratar a respeito do assunto. “Vamos conversar com as diretoras dessas escolas e ter uma nova percepção a respeito do caso com a visão delas e propor parcerias”, justificou Boscatte. A reunião foi pré-agendada para o dia 11 de abril. 


 


Bráulio Filgueiras


Comunicação CDL/BH