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A rotina é inimiga da inovação?

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Uma das coisas mais claras sobre os processos de inovação que de fato funcionam e se faz mandatório para que as principais lideranças da empresa, sejam executivos ou proprietários, estejam de fato “engajados” na mudança.




A mudança nunca foi, nem será fácil. Tirar uma empresa de varejo da administração do dia-a-dia, do turbilhão de tarefas e operações essenciais, para implantar algo novo, é complexo e, por vezes, a falta de foco resulta em processos morosos e de baixo resultado. Isso faz com que a necessidade da liderança ter uma atitude “hands on”, ou seja, praticamente ter que colocar a mão na massa, para que o projeto de fato ande dentro da expectativa, só aumente. Na maioria dos casos, o líder precisa de fato, liderar.




Se, na teoria, esse deveria ser o retrato da maioria dos casos, a prática se mostra bem distante disso. Uma das coisas que mais observei nessas tentativas de inovar ou implantar algo novo nas empresas, mesmo quando iniciada diretamente via um C-Level ou proprietário da empresa, é a delegação “degenerativa” de interesse. Num primeiro momento, um primeiro degrau de delegação até seria justo, dado o possível ritmo de agenda dos principais executivos, mas o que acontece é que vemos essa delegação gradativamente descer cada vez mais degraus, chegando a níveis onde, infelizmente, faltam competências para melhor avaliação e, principalmente, poder de decisão sobre o assunto.




Um parecer que começa a descer degraus em uma empresa, quanto mais desce, mais difícil é a retomada e a definitiva ação.




No dia-a-dia de profissionais de hierarquias sem poder de decisão, um rápido sopro de cotidiano na rotina, dada a pressão por resultados que custam ainda a aparecer no nosso mercado, torna “prioridade” o dia-a-dia, deixando para trás qualquer iniciativa de inovação.




O “agora” do varejo terá sempre algo que possa ser justificado como prioridade da vez. Uma coleção, uma campanha, um sistema novo, uma convenção. Entretanto, a maior prioridade para uma empresa hoje não está só na competitividade do agora, da busca do resultado do dia ou do mês, mas também, e em igual importância, na busca da perenidade desses resultados, assim como sua posição ou papel em seu mercado. Para isso, antever constantemente os passos do mercado e de seus consumidores é mandatório, e, por isso, a inovação “hoje”, “agora”, “já”, “imediatamente” ou qualquer outro termo que prefira, se faz tão necessária.




Implantar uma cultura empresarial de inovação não é algo sobre o futuro, e sim, sobre minimamente ter algum processo para acompanhar, no mesmo ritmo, os passos de seu mercado.




Como um executivo ou dono do negócio, avalie quantas oportunidades de inovar acredita que já tenha perdido para o dia-a-dia ou a rotina de sua empresa.




Fonte: Mercado & Consumo