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Conheça as 7 tendências para o pequeno varejo no pós-covid

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O varejo como atividade de intermediação entre a produção e o consumo sempre existirá, no entanto, o setor demandará mais inteligência, rapidez e profissionalismo no pós-covid. Tempos difíceis, com grandes incertezas econômicas fazem com que os padrões sociais preestabelecidos se transformem em uma rapidez descontrolada, dando espaço para novas ideias e novos comportamentos, muitos deles impactam diretamente o hábito do consumo. 

Veja as 7 tendências para o pequeno varejo no pós-covid:

1) Ferramentas tecnológicas

A tecnologia fez do escambo um grande celeiro de ferramentas. Podemos usar tecnologia para tomada de decisão, para divulgação de produtos, para coletar dados de consumo e para gerar novas formas de vender. O importante é que o uso de tecnologia deve gerar menor custo. Pesquisa aponta que em 2020 houve um aumento de mais de 80% no uso do WhatsApp como meio tecnológico de venda.

 2) Achar seu cliente ideal

Achar o seu tipo ideal de consumidor ficou mais fácil e barato. Com acesso detalhado aos dados de compra, dados de localização e dados de mídia social, qualquer um consegue criar um “tipo” de cliente para o seu negócio e, com isso, ser mais assertivo nas vendas. Com as restrições econômicas, esses dados são essenciais para a sobrevivência do pequeno negócio, é só olharmos para o mercado dos produtos veganos que cresce 40% ao ano desde 2017. 

3) Segmentar

Segmentar o seu pequeno negócio é a chave do pós-covid. Entender o consumo geográfico (a rua, bairro ou cidade), demográfico (jovem/idoso, mulher/homem e alto/baixo poder aquisitivo), psicográfico (qual a motivação para a compra) e comportamental ( se identifica com pet, gosta de academia, prefere WhatsApp), passa a ter a mesma importância que estoque, limpeza e capital de giro. Quase todas as mídias sociais têm alguma forma de análise de tráfego e os grandes players, como o Google e HSM Experience, concorrem em cursos com o Sebrae. 

4) Facilitar a compra

No varejo, meios de pagamento devem ter pouco atrito: Pix e QRCode cabem em qualquer tamanho de negócio. Oferta proativa demanda conhecer o cliente, e isso é importante. Acrescentar biscoitos para pet ou barras de cereal para um nicho de consumo estimula a compra por impulso. Facilitar o ato de compra é a nova ideia. Levar e pagar depois faz da compra mais afetiva e impulsiva. Basta uma análise de crédito e meios de pagamentos ágeis. Receber pedidos pelo WhatsApp e pagamentos pelos smartphones ou cartões com tecnologia por aproximação será cada vez mais habitual. 

5) Consumo local

Valorizar o consumidor local demanda menos estoque e menor logística de entrega. Focar em uma área territorial e nas pessoas dessa região é uma boa estratégia, plataformas de reuniões, home-office, e o movimento “faça você mesmo” são irreversíveis. O instituto Data Favelas e Locomotiva aponta que os moradores de favelas no Brasil movimentam mais de 119 bilhões de reais por ano. 

6) Novo espaço da loja

A loja não é só um imóvel. A loja está em todo o lugar e por isso pode ser menor, pode ter menos área de estoque, pode ser meramente expositiva, pode ser coletiva e colaborativa. Matéria jornalística aponta que as franqueadoras têm mudado seu modelo de negócio e diminuído em 30% o tamanho da loja física. 

7) Anticonsumo e consumo crítico

Devemos entender que a pandemia aumentou o consumo crítico e fez com que o consumidor entendesse acerca da essencialidade do consumo, minimalismo e anticonsumo. O pequeno negócio no pós-covid terá que informar os seus fornecedores, suas práticas éticas, descartes de materiais, o que fará com as informações.

O pequeno negócio tem que agregar à sua venda também seu propósito. Pesquisa realizada pelo Instituto de Inteligência de Mercado aponta que 55% dos consumidores dizem que irão priorizar marcas e produtos sustentáveis e 24%, marcas e comércios com propósitos sociais comprovados. Não podemos negar que o varejo sempre foi um setor tecnológico, desde o uso da calculadora até o mapeamento de comportamento do consumidor. Mas nesse momento, enquanto o pequeno empresário habituava-se ao consumidor 4.0 – que opina, indica e interage diretamente com a marca – e fazia a integração entre físico e virtual, a pandemia mudou a velocidade das coisas, e esse é nosso novo desafio: mudar rapidamente nosso jeito de fazer comércio. 

Fonte: Alexandre Damásio, presidente da CDL São Caetano do Sul.