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Mercado prevê menos inflação e queda maior dos juros em 2017

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Foi estimado pelo mercado financeiro, um comportamento melhor para a inflação neste ano e, também, uma queda maior dos juros, após o presidente do Banco Central ter indicado que manteria um ritmo mais forte de corte da taxa Selic.


 


A estimativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano recuou de 4,80% para 4,71%. Apesar de permanecer acima da meta central de inflação, que é de 4,5%, o valor está abaixo do teto de 6% fixado para 2017.


 


Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em 4,50%. O índice está em linha com a meta de inflação do período (4,5%) e também abaixo do teto de 6% para o ano que vem.


 


Taxa de juros


 


O mercado financeiro também voltou a baixar a sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 9,75% para 9,50% ao ano no fechamento de 2017. Essa estimativa pressupõe um corte maior de juros nos próximos meses. Atualmente, os juros estão em 13% ao ano.


 


Para fevereiro, o mercado financeiro também passou a estimar uma redução maior da taxa Selic. Até então, projetava um corte de 0,50 ponto percentual, de 13% para 12,50% ao ano, mas, na semana passada, revisou a estimativa e passou a projetar um corte de 0,75 ponto percentual, para 12,25% ao ano.


 


A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro.


 


As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Quando julga que a inflação está compatível com as metas preestabelecidas, o BC pode baixar os juros.


 


Produto Interno Bruto


 


Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve a previsão de um crescimento de 0,5% – mesma expectativa da semana anterior.


 


O governo estima uma alta de 1%, mas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já confirmou que deverá revisar este número para baixo.


 


O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.


 


Em 2015, houve uma contração de 3,8%, a maior em 25 anos. O resultado de 2016 ainda não foi divulgado pelo IBGE, mas a previsão do mercado é de um "tombo" próximo de 3,5%. Essa será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de retração no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948.


 


Para 2018, porém, os economistas das instituições financeiras continuaram prevendo uma expansão maior do PIB, da ordem de 2,20%.


 


Fonte: Globo -Economia – Editado