Em que posso ajudar?

WhatsApp
Notícias -

Pichação nas ruas de BH

Atuação Social

O coordenador do Conselho Regional do Hipercentro, Jonísio Lustosa, recebeu diversos representantes do poder público para debater e propor soluções para o grande número de pichações em Belo Horizonte. “O visual de Belo Horizonte está cada dia mais degradante. Essa cidade que queremos mostrar para os turistas na Copa?” Questionou Lustosa na abertura do debate realizado durante a reunião do Conselho nesta terça-feira, 18 de março, na CDL/BH.

O Superintendente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Sidney Bispo, disse que a questão da pichação é acima de tudo uma questão de educação. “Na época da Copa das Confederações, a prefeitura gastou mais de 500 mil reais para limpar corredores como a Antônio Carlos, houve viadutos que foram pintados mais de 17 vezes”, argumentou Bispo.

Ele disse também que a prefeitura está atuando fortemente nos principais corredores da cidade, onde as delegações e turistas da Copa irão passar, para deixá-los limpos e com boa aparência. Além disso, Bispo expôs que a Capital Mineira foi considerada a cidade mais limpa durante a Copa das Confederações.

O Tenente Coronel Helbert Figueiró de Lourdes, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, apresentou três pontos principais que levam um jovem a realizar uma pichação, que é o reconhecimento social perante os outros jovens, uma opção de lazer, que desperta a adrenalina e as pichações como forma de protesto. O coronel concorda também que a pichação é uma questão cultural e que, para reverter isso, é necessário investir em educação a longo prazo.

Já o Secretário Municipal de Fiscalização, Alexandre Salles Cordeiro, acredita na necessidade de atuação para inibir o vandalismo. “Entre 2012 e 2013, foram identificados diversos pichadores, que foram levados à justiça e tiveram que limpar os locais pichados”, afirmou Cordeiro. Apesar disso, ele explicou que atualmente existem 280 fiscais para percorrer toda a Capital, o que dificulta o processo de fiscalização.

Outra questão apresentada foi a criação de uma lei que restrinja a venda de tintas sprays para menores de idade. Cordeiro explicou que já existe um cadastro das empresas que vendem esses produtos, mas é praticamente impossível fiscalizar todos esses locais e não necessariamente as pichações são feitas com tintas sprays, mas também com as comuns.

O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, que também participou da reunião, acredita que o caminho não é criar mais uma lei. “Nós temos que tomar cuidado, não adianta ficar criando muitas leis, temos que fazer cumprir as que existem. Senão, será mais uma burocracia para aumentar o custo Brasil, que já é alto”, expos.

O Superintendente da SLU apresentou uma alternativa. Segundo ele, existe um Grupo Executivo de Limpeza Urbana, que se reúne todas as segundas-feiras na sede da Prefeitura para tratar e propor soluções de assuntos que impactam a Capital. “Eu coloco o grupo a disposição da CDL/BH e de todos para que possam enviar sugestões para incluirmos na pauta de discussão e assim elaborarmos ações coletivas de melhorias da cidade”, concluiu Bispo

Bráulio Filgueiras
Comunicação CDL/BH