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Criminalidade em Belo Horizonte

Atuação Social

O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, e a diretoria da Entidade receberam o novo comandante do policiamento da Capital, Coronel Cícero Leonardo da Cunha, e os comandantes dos batalhões da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), que são responsáveis pelas regiões de Belo Horizonte.
 
Falci agradeceu a presença dos convidados e colocou a entidade a disposição da PM para perpetuar a parceria que existe entre a instituição e a CDL/BH. O presidente ainda lembrou a dificuldade que a polícia passa todos os dias. “Vocês são heróis, correm o risco arriscando suas vidas, mas muitas vezes enxugam gelo. Prendem de manhã e no final da tarde a pessoa já esta solta. Sabemos que isso não é fácil, o que vocês precisarem da CDL/BH para ajudar nessa modificação estamos a disposição”, argumentou Falci.
 
O comandante agradeceu a parceria e disse que fóruns de discussão de ideias como o realizado pela plenária da Entidade são extremamente importantes. “A CDL/BH é uma das formas da sociedade civil organizada que realiza debates democráticos, onde são levantadas ideias. Isso é fundamental, pois a única forma que temos para saber sobre um problema é ouvir”, disse o Coronel.
 
Entre os diversos temas abordados pelo comandante, o carnaval foi um dos destaques. “O que tínhamos de marginais na Savassi não era brincadeira. Nós identificamos pessoas com passagem pela policia por assaltos, tentativa de homicídio, tráfico de drogas, entre outras”, relata o comandante. Ele disse que foi necessário realizar uma reunião emergencial com a Prefeitura de Belo Horizonte e BHTrans para traçar um plano.
 
Outra questão abordada pelo Coronel é o número de homicídios realizados todos os dias na Capital. “Em menos de três meses, tivemos 128 homicídios na Capital. O que mais me choca é que isso não causa comoção popular, não interessa a maioria das pessoas e passa despercebido pela sociedade”, argumenta o comandante.
 
O coronel concorda com o presidente Falci quanto a enorme sensação de impunidade atualmente. Nós estamos vivendo numa sociedade tão estranha que as pessoas não têm vergonha de falar que são criminosas. Tem gente que anda na Praça Sete de bermuda com a tornozeleira à vista”, afirma Cunha. Ele acredita que isso se deve muito a nossa atual legislação. “Em todo mundo, a atuação da polícia é regulamentada por uma lei forte, o que não acontece no Brasil”, fala o comandante.
 
Bráulio Filgueiras
Comunicação e Marketing