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CDL/BH faz apelo aos bancos e lança campanha nacional propondo Juro Zero

Conquistas e Ações da CDL/BH


A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) lançou hoje a campanha Juro Zero. O objetivo é sensibilizar os bancos públicos e privados a promoverem linhas de crédito sem juros para socorrer o setor produtivo. Segundo o Presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, o eixo da campanha é “hora de juro zero para o comércio não quebrar, o emprego não acabar e a vida continuar”.  Segundo ele, “está na hora de as nossas instituições do sistema financeiro, que no Brasil lucram como em nenhum outro lugar do mundo, darem uma real contribuição ao país neste momento de crise”.


 


Em algumas entrevistas concedidas desde o início da crise, Souza e Silva já vinha alertando para a necessidade de desburocratizar o acesso às linhas de crédito especiais lançadas pelo governo. “As micro, pequenas e médias empresas, que são as que mais estão necessitando de recursos neste momento, estão tendo enormes dificuldades na aprovação do crédito”, afirmou o Presidente da CDL/BH.


 


Ele acrescentou ainda que há bilhões nos bancos para serem utilizados, mas, com a burocracia no meio do caminho, este dinheiro não vai chegar em quem realmente precisa. “Já realizamos uma sondagem  junto aos associados para checar se eles realmente estão sendo beneficiados com estas linhas de crédito que foram anunciadas pelos governos estadual e federal. E, até agora, não”. Souza e Silva lembrou ainda que o próprio ministro Paulo Guedes admitiu que “o dinheiro está empoçado nos bancos”, ou seja, o governo anunciou a liberação dos recursos, mas até agora não chegou na ponta.


 


A CDL/BH quer sensibilizar outras entidades representativas do setor produtivo no país a entrarem na campanha. “O Juro Zero não é interesse apenas do setor de comércio e serviços. É interesse de todo mundo que trabalha e produz neste país. Não é possível que nossos bancos pensem em ganhar um centavo sequer com essa crise que está matando pessoas, empresas e empregos. Está na hora deles demonstrarem solidariedade. É até mesmo um ato de patriotismo”.


 


Segundo ele, alguns dos associados da entidade chegaram até a alertar que algumas linhas de crédito anunciadas como “especiais” estão com condições de financiamento mais caras do que as linhas normais dos bancos que já eram adotadas no período antes da chegada do Coronavírus.


 


Outra reivindicação de Souza e Silva é que o BNDES discipline o comportamento dos bancos na liberação dos recursos para o pagamento da folha dos funcionários, referindo-se à linha de crédito de 40 bilhões anunciada pelo Governo Federal na semana passada. “Alguns bancos, para oferecer o crédito, estão obrigando as empresas a migrarem suas contas. O empresário não pode ser obrigado a isso. Isso é inconstitucional, é venda casada”, afirmou.


 


SIMULAÇÕES


 


Na sua argumentação, o presidente da entidade, que representa o setor responsável por mais de 72%  do PIB de Belo Horizonte e emprega quase 1,5 milhão de pessoas na capital mineira, mostra que as simulações feitas até o momento revelam que os bancos estão tendo ganhos altíssimos nessas linhas de crédito que estão sendo anunciadas como “especiais”.


 


Ele citou, por exemplo, o caso de uma empresa que peça um financiamento de R$10 mil em um prazo de cinco anos com carência de 12 meses. “Ao final do financiamento, o empresário vai pagar mais de R$16 mil. Se os R$10 mil forem atualizados de acordo com a projeção de inflação atual, que é de 3,5%, ficam próximos de R$12 mil. O banco está tendo R$4 mil (quatro mil) de ganhos reais sobre o valor financiado, ou seja, 40%. Respeitamos a atividade bancária. Mas é desumano explorar uma situação de calamidade pública para ganhar dinheiro”.


 


O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, lembrou ainda que os cinco principais bancos do país, dois públicos, Caixa e Banco do Brasil, e três privados, Itaú, Bradesco e Santander, tiveram lucros de mais de 100 bilhões de reais em 2019. Todos tiveram ganhos maiores em relação ao ano anterior. “Esse Juro Zero não é caridade. É interesse dos bancos manter empresas sadias e pessoas empregadas. Se eles não cooperarem agora, muitos dos seus clientes, que proporcionam lucros para eles, vão quebrar”.


 


As peças publicitárias da campanha Juro Zero promovida pela CDL de Belo Horizonte estão disponíveis no site www.cdlbh.com.br . São filmes para televisão, spots para rádio, peças gráficas e posts para redes sociais. “Acho que todo brasileiro que está preocupado em salvar vidas, empresas e empregos deve participar desta campanha. Todos têm a liberdade para replicar a campanha e realmente sensibilizarmos o sistema financeiro para compreender este momento tão difícil que estamos vivendo”, finalizou Marcelo.


 


TEXTO DA CAMPANHA JURO ZERO DA CDL/BH


 


O Brasil vive uma pandemia que está matando pessoas, fechando empresas e acabando com empregos.


Hoje, mais de 60% da população está isolada para se proteger e tentar parar a catástrofe do Coronavírus.


O comércio está fechado e mergulha na mais dramática crise da sua história.


Para o comerciante manter a sua empresa viva e os milhares de empregos, vai precisar de recursos e empréstimos.


Para que isso aconteça, a CDL/BH conclama os bancos a realizarem uma necessária e urgente política de Juro Zero.


Uma atitude que vai fazer a economia sobreviver e os maiores geradores de emprego do Brasil funcionando. E isso não é caridade. É política econômica de reparação. Esses mesmo bancos, só em 2019, lucraram mais de 100 bilhões de reais.


Os bancos têm o compromisso de abrir mão dos lucros para salvar a economia e a vida das pessoas. É hora de juro zero para o comércio não quebrar, o emprego não acabar e a vida continuar.


Uma campanha CDL/BH.


 


Clique aqui e assista ao vídeo da campanha


 


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