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A Formação de Redes Políticas no Brasil

Atuação Social

O grupo do CDL Jovem recebeu nesta quarta-feira, 11 de março, o professor de direito constitucional da faculdade Milton Campos, Gabriel Azevedo, na reunião quinzenal do CDL Jovem. Ele apresentou a palestra A Formação de Redes Políticas no Brasil e mostrou o cenário atual de crise política pelo qual o Brasil passa. 
 
Gabriel Azevedo deu exemplos importantes de como a união de pessoas em prol de um mesmo ideal fizeram revoluções importantes na história da humanidade. Dois exemplos citados por ele foi a Revolução Americana em 1776, em que houve a independência das 13 colônias britânicas e se criou a primeira República Federativa do planeta, os Estados Unidos. O outro exemplo mais recente foi as manifestações de Abaixo a Ditadura, em 1982, no Brasil, que derrubou o governo militar.
 
“O que devemos tomar cuidado é saber como as pessoas estão se reunindo e em torno de qual objetivo”, explica Azevedo. Ele citou exemplos de revoluções que os resultados foram desastrosos como a revolução russa em 1917 contra a aristocracia, que levou o país ao estabelecimento do poder soviético. Outro grande exemplo dado pelo palestrante é o Nazismo que iniciou em 1933 e resultou numa grande catástrofe mundial. 
 
Para o palestrante, existem três tipos de organização de pessoas e de poder. A centralizada, a descentralizada e a distribuída. “A pior delas é a centralizadora, como se fosse numa empresa, onde tudo se concentra no chefe e as ações não fluem por si só. Essas grandes revoluções que eu citei que deram certo nenhuma delas houve um líder”, explica Azevedo. Outro exemplo que ele cita é o trânsito de Belo Horizonte, que converge para o centro da cidade e contribui para o caos. 
 
A organização ideal de pessoas é a distribuída em que todas as pessoas seguem unidas e tomam decisões em conjunto. Gabriel Azevedo fala que, com a crise política atual que afeta o governo da presidente Dilma Rousseff e as manifestações cada vez mais forte desejando o impeachment, é importante que as pessoas estejam unidas e qual rumo desejam tomar. “O que vocês querem que seja mudado com ou sem o governo da Dilma? Senão, será igual a um cachorro que corre latindo atrás de um carro, quando o veículo parar, ele não sabe o que fazer”, enfatiza Azevedo. 
 
Outra grande diferencial que vem ocorrendo nessas manifestações é o uso da internet, em especial o whatsapp, em que as pessoas têm a autonomia para se unirem e se organizarem. “Na semana passada, os caminhoneiros pararam o país. O governo conversou com os sindicatos, mas os caminhoneiros não se organizaram por meio dos sindicatos, mas pelo whatsapp. Antes os debates só se davam por meio de associações e entidades, hoje em dia não é mais assim”, argumenta Azevedo.
 
O professor citou também diversos exemplos de como um governo pode buscar a autocracia, ou seja, o poder concentrado num único governante em detrimento dos demais.  Ele fez um comparativo com governo da presidente Dilma. “O primeiro passo é infiltrar o governo federal em todas as instâncias de governo, como vem fazendo com o STF. O segundo passo o governo perde o poder sobre as agências reguladoras, como a ANEEL e o terceiro o sindicato passam a deixar de prestar contas e defender suas categorias…”, pontua.
 
Para finalizar, Azevedo deu uma sugestão para quem vai participar da manifestação marcada para o dia 15 de março.  “Belo Horizonte deu um exemplo nas ruas durante o carnaval onde o povo fez uma grande festa. É assim que temos que fazer também nas manifestações. É hora de chamar os demais, discutir e conversar com os indecisos”, concluiu o palestrante.
 

Comissão de Sindicância

Durante a reunião plenária do CDL Jovem também houve a cerimônia de posse da Comissão de Sindicância gestão 2015/ 2016. Segue abaixo os nomes da composição da nova comissão.

Antônio Chaves de Figueiredo Neto

Roberto Campolina Vilela Barbosa

Gabriela Helena Peixoto de Souza

Marcelo Fonseca e Silva

 
Bráulio Filgueiras
Comunicação e Marketing CDL/BH