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Imprensa -

Vendas do Dia dos Pais deve injetar R$ 1,81 bilhão no comércio da capital

Sugestão de Pauta

O Dia dos Pais é a primeira data comemorativa do segundo semestre no ano, e o comércio de Belo Horizonte deve ser aquecido com as vendas dos presentes. A estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) é que R$ 1,81 bilhão sejam injetados no comércio da capital em função da data e a expectativa de crescimento é de 1,98% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.  Esse é o maior percentual projetado de alta desde 2012. “Estamos com um cenário econômico melhor do que o dos últimos três anos. O processo de recuperação da economia, mesmo lento, tem contribuído para retomada de crescimento do setor, que já vem apresentando resultados positivos e justifica a expectativa maior” explica o presidente da CDL/BH, Bruno Falci.

Os empresários de Belo Horizonte também estão otimistas com a data. Segundo pesquisa realizada pela CDL/BH com 230 lojistas no período de 21 de junho a 4 de julho, a maior parte dos empresários (44,1%) acredita que as vendas irão aumentar no Dia dos Pais deste ano. Já 25,2% dos entrevistados esperam que as vendas sejam iguais as de 2017 e 30,7% consideram que o resultado deve ser pior. No ano passado, o percentual de lojistas pessimistas era menor, apenas 6,4%, porém fatores como a greve dos caminhoneiros e a indefinição do cenário político abalaram a confiança dos empresários.  “Inevitavelmente, as paralisações de maio e a proximidade do período eleitoral afetaram, de forma negativa, a percepção dos empresários do comércio em relação às vendas da data”, comenta Falci.

Na abertura da pesquisa por região da cidade, os lojistas com as maiores expectativas em relação às vendas no Dia dos Pais estão concentrados nas Regionais Oeste, Pampulha e Venda Nova. Com a perspectiva de alta nas vendas, a maior parte dos empresários (47,8%) aumentou o volume do estoque para atender a demanda da data. 

As roupas serão a preferência na hora de presentear, segundo os empresários

O levantamento da CDL/BH apontou também que as roupas devem ser os itens mais procurados pelos consumidores na hora das compras para presentear, conforme a opinião de 29,7% dos empresários. Em seguida, estão os acessórios (carteira, cinto, meia, gravata, bolsa, malas, etc.) com 13,9% da preferência. Segundo o presidente da CDL/BH, esses produtos têm uma boa procura devido à grande variedade de opções e preços. “São itens que se encaixam no orçamento do consumidor e que agradam bastante”, afirma.

Os demais produtos citados foram: óculos (13,3%); calçados (10,5%); perfumes/artigos de barbearia (5,5%); livros (4,8%); material esportivo (4,2%); utensílios domésticos (3,1%); ferramentas (2,4%); eletrônicos (2%); vinhos/bebidas (1,6%); relógios (1,5%) e produtos/serviços de beleza (1,3%). Outros produtos totalizaram 6,2% das respostas.

Em relação ao número de presentes, a maior parte dos empresários (86,7%) acredita que os consumidores irão comprar um produto. “Este resultado indica que os lojistas estão percebendo que os seus clientes ainda continuam receosos em efetuar grandes compras e contrair dívidas, limitando as compras a apenas um presente”, afirma Falci.

Valor do tíquete médio previsto (R$ 121,63) cai em relação a 2017

Os empresários acreditam que os consumidores irão investir um valor menor este ano no presente do Dia dos Pais. A expectativa é que o tíquete médio das compras dos belo-horizontinos seja de R$ 121,63. Em 2017, o valor esperado era de R$ 180,62. “O processo de recuperação da economia não vem ocorrendo como o esperado, o ritmo ainda é lento e o número de pessoas desempregadas continua alto. Por isso, a expectativa é que o valor a ser desembolsado para compra dos presentes seja menor”, esclarece o presidente da CDL/BH.

Mesmo com o tíquete médio acima dos R$ 100, a maioria dos empresários (36,3%) acredita que os consumidores irão desembolsar entre R$ 50,01 a 100 para a compra dos presentes.

Parcelado no cartão de crédito será a forma de pagamento mais utilizada

Para a maioria dos empresários (77,6%), a forma de pagamento mais utilizada para as compras do Dia dos Pais será a parcelada no cartão de crédito em até cinco vezes. As demais formas de pagamento citadas pelos empresários foram: à vista no cartão de crédito (16,6%); dinheiro (3,4%); cartão de débito (1,3%) e parcelado no cheque (1,1%).

Decoração da loja e divulgação dos produtos pelas redes sociais estão entre as principais estratégias para alavancar as vendas

Na opinião de 26,7% dos comerciantes, a decoração da loja é a principal alternativa para alavancar as vendas no Dia dos Pais. Em seguida aparece a divulgação dos produtos (22,6%) como a melhor forma para atrair mais clientes. E o principal meio utilizado para isso serão as redes sociais (Whatsapp, Facebook e Instagram). Para 39,7% dos lojistas, essa tem sido a forma mais eficiente para expor os itens e chegar até os consumidores. “Esses canais são os mais utilizados devido ao seu baixo custo de investimento e ao alto retorno junto aos consumidores”, comenta Falci.

As demais estratégias citadas foram: atendimento qualificado (14,5%); promoções/ofertas/liquidações de produtos (10,3%); flexibilidade/facilidade de pagamento (9,7%); oferta de produtos diferenciados (6,9%); outros (2,3%). Não vão apostar em nenhuma estratégia (2,6%) dos empresários, e os que não sabem somam 4,5% dos entrevistados.

Além das redes sociais, as outras formas de divulgação que os comerciantes pretendem utilizar são: cartazes/faixas na vitrine da loja (29,7%); site da empresa (8,2%); boca a boca (4,8%); jornal impresso (2,1%); TV (1,1%); panfletos (0,8%); carro de som (0,8%); banner (0,5%); e-mail (0,5%) e YouTube (0,1%). E 6,2% dos empresários não farão nenhum tipo de divulgação e 5,3% ainda não sabem.

Fatores que podem influenciar no momento da compra

Na opinião dos comerciantes, entre as principais alternativas que podem ajudar a alavancar as vendas do Dia dos Pais estão: liquidação/promoção/oferta de produtos (42,8%); divulgação (15,6%); atendimento (8,8%); aumento do fluxo de clientes (8%); aumento do emprego para os consumidores (6,6%); flexibilidade na forma de pagamento (3,3%); mudança governamental (3,2%); queda da inflação (1,7%) e outros (4,9%). Os que acham que nada pode proporcionar o aquecimento do comércio totalizam 1,5% e 3,7% dos entrevistados não souberam responder.

Em contrapartida, as opções que podem prejudicar as vendas, segundo os lojistas, são: falta de agilidade e cordialidade no atendimento (22%); aumento do preço dos produtos (19,3%); desemprego (17,8%); crise financeira/econômica (16%); aumento da inadimplência (9,1%); falta de confiança do consumidor (3,6%); concorrência desleal (2,8%); mudança governamental (2,7%); diminuição da renda dos trabalhadores (2,3%) e outros 4,4%.