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Taxa Selic: Opinião do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci

Sugestão de Pauta

O Comitê de Política Monetária do Banco do Central (Copom) decidiu manter, pela quarta vez, a taxa de juros em 6,5%. Esta decisão já era esperada pelo mercado, pois diante da lenta retomada da economia, da incerteza eleitoral e do câmbio volátil, o Banco Central deve deixar os juros como estão até após as eleições, sem indicar tendências na condução da política monetária.

Para os setores de comércio e serviços e toda a cadeia produtiva, é muito importante que os juros, assim como outros indicadores macroeconômicos, permaneçam em patamares mais baixos, criando assim, um ambiente favorável para expansão dos negócios. Por isso, apesar de estar no menor patamar desde que foi criada, em 1996, a taxa atual da Selic não é a ideal para o segmento. Para o varejo, a continuidade da queda na taxa de juros é um fator primordial para fomentar o crédito e consumo, bem como alavancar a atividade econômica.

O Brasil ainda não apresentou um crescimento robusto da atividade econômica para recuperar as perdas passadas. A necessidade de retomada do crescimento econômico via investimentos produtivos que geram emprego e renda, são fatores preponderantes neste momento, e justificam a manutenção da taxa Selic. Pois, um aumento da taxa de juros neste momento iria impactar, negativamente, a recuperação da economia, que já está em ritmo lento. Outro fator preocupante nesse cenário, e que interferiu na decisão tomada pelo Copom, é a constante alta do dólar, que acaba refletindo sobre os preços e pressiona a inflação.

Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a manutenção da taxa básica de juros tem que vir aliada a medidas, que fomentem a atividade produtiva e a geração de emprego. O governo também deve tentar conter a alta do dólar, para que isso não prejudique ainda mais o gradual processo de retomada da economia. Esperamos também que as incertezas políticas, atreladas às eleições presidenciais de 2018, tenham a menor interferência possível na economia, que já sofreu muito nos últimos anos com o cenário político adverso.