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Redução do desemprego e da inflação contribuíram para o aquecimento do comércio da capital em maio

Sugestão de Pauta

O varejo  de Belo Horizonte registou mais um resultado positivo em 2019. Em maio, as vendas tiveram um aumento de 2,12% em relação ao mesmo mês do ano anterior (Mai.19/Mai.18). Essa é a terceira alta consecutiva nessa base de comparação, é reflexo da redução do desemprego de 1,4 p.p (1º Tri.19/1º Tri.18 – IBGE), da inflação no período em 0,27 p.p (IPCA Mai.19 em 0,13%/Mai.18 em 0,4% – IBGE) e da queda da inadimplência em 0,29% (Mai.19/Mai.18 – CDL/BH).

“Com o retorno ao mercado de trabalho e inflação controlada, os consumidores estão voltando a ter renda disponível para consumir e isso vem influenciando positivamente o desempenho do varejo”, explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva. “Além disso, com a redução da inadimplência os moradores da capital tem acesso novamente ao crédito, o que é muito importante para o aquecimento do comércio”, acrescenta.

Nesta base de comparação (Mai.19/Mai.18) o segmento que apresentou o melhor desempenho foi o de vestuário e calçados com 2,55% de crescimento. Esse resultado pode ser explicado pelas vendas dos presentes do Dia das Mães, pois os itens destes setores seriam os mais procurados para presentear as mães, de acordo com pesquisa realizada pela CDL/BH.

Os demais segmentos que registraram crescimento foram: drogarias e cosméticos (+2,36%); supermercados (+2,36%); móveis e eletrodomésticos (+1,91%); artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (+1,59%); veículos e peças (+1,46%); material elétrico e construção (+0,92%) e papelaria e livrarias (+0,51%). O único setor que registrou queda foi o de informática, com redução de 0,61%.

 

Dia das Mães contribuiu para o crescimento das vendas em maio. Na variação mensal foi registrada alta de 1,42%

 

O índice real de vendas apresentou crescimento de 1,42% em maio na comparação com o mês anterior (Mai.19/Abr.19). Essa elevação pode ser explicada pelas vendas dos presentes do Dia das Mães e foi a segunda maior já registrada nesta base de comparação nos últimos seis anos. “As datas comemorativas são sempre uma boa oportunidade para o comércio ter as vendas impulsionadas, e o Dia das Mães, por ser uma data com forte apelo emocional, a maioria dos consumidores sempre buscam presentear”, explica Souza e Silva.

Nesta base de comparação a maioria dos setores tiveram crescimento, comportando-se da seguinte maneira: vestuário e calçados (+2,85%); drogarias e cosméticos (+2,6%); veículos e peças (+1,58%); supermercados (+1,47%); artigos diversos (+0,75%); informática (+0,55%) e móveis e eletrodomésticos (+0,15%). Já os setores de material elétrico e construção (-1,49%) e papelaria e livrarias (-0,8%) apresentaram queda.

 

Varejo apresenta alta de 0,82% no acumulado do ano

 

As vendas no acumulado do ano (Jan.19-Mai.19/Jan.18-Mai.18) tiveram crescimento de 0,82%. Em 2018, nesta mesma base de comparação, a alta foi de 2,91%. “Esse resultado inferior é reflexo da desaceleração da economia no primeiro trimestre de 2019. O ambiente econômico do Brasil, apesar de ter apresentado estabilização de alguns indicadores, ainda não é o ideal para fomentar um ritmo maior de crescimento das vendas do comércio da capital”, comenta o presidente da CDL/BH.

Nesta base de comparação os segmentos que apresentaram crescimento foram: material elétrico e construção (+1,47%); supermercados (+1,36%); papelaria e livrarias (+1,34%); artigos diversos (+1,22%); veículos e peças (+1,03%); vestuário e calçados (+0,68%); móveis e eletrodomésticos (+0,28%) e drogarias e cosméticos (+0,28%). Apenas o setor de informática não apresentou resultado positivo, com queda de 0,48% nas vendas.

 

Nos últimos doze meses varejo acumulou alta de 0,33% nas vendas

 

O comércio da capital apresentou crescimento de 0,33% nos últimos 12 meses (Jun.18-Mai.19/Jun.17-Mai.18). Assim como no acumulado do ano, o índice de crescimento foi menor do que o apresentado em 2018. “O resultado apresentado nesta base de comparação foi abaixo do esperado, e reflete a lenta retomada da atividade econômica. Acreditamos que a aprovação das reformas estruturais necessárias para o desenvolvimento do País proporcionará uma aceleração do crescimento econômico e das vendas”, conclui o presidente da CDL/BH.