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Recuperação de crédito cresceu 9,99% em maio

Sugestão de Pauta

Os consumidores da capital estão voltando a recuperar o crédito. O Indicador de Recuperação de Crédito do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) registrou, em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Mai.18/Mai.17) uma variação positiva de 9,99% no número de cancelamento de registros. Segundo Ana Paula Bastos, economista da CDL/BH, o aumento no número de consumidores recuperando o crédito é justificado pela melhora de alguns indicadores macroeconômicos. Para ela, a desaceleração da taxa de desemprego (1º tri.18 em 13,9%/ 1º tri.17 em 14,5% – IBGE), da taxa de juros (Mai.18 em 6,5%/Mai.17 em 11,25% – Banco Central), e da inflação (IPCA Acumulado Jan/Mai.18 em 1,33%/Acumulado Jan/Mai.17 em 1,42% – IBGE) possibilitaram que as pessoas quitassem seus débitos. “Os consumidores estão conseguindo destinar uma parte da renda para o pagamento das contas atrasadas. As pessoas estão buscando retomar o crédito para poderem voltar a consumir”, comenta a economista.

Na comparação mensal (Mai.18/Abr.18), o volume de pessoas que recuperaram o crédito caiu 1,85%. Este decréscimo está atrelado à leve alta da inflação no período de 0,18 pontos percentuais (IPCA Mai.18 em 0,40% e Abr.18 em 0,22% – IBGE), e também pode ter sofrido influência dos atrasos de pagamentos dos salários dos servidores públicos do Estado. No acumulado do ano, a recuperação de crédito apresentou um crescimento de 9,62%.

recuperação de crédito é maior entre as mulheres

As consumidoras de Belo Horizonte estão conseguindo pagar mais as suas dívidas do que homens. Em maio, elas foram responsáveis pela maioria (55,71%) dos cancelamentos de registros junto ao SPC da CDL/BH. Entre o sexo masculino, o percentual ficou em 44,29%. Essa diferença pode ser explicada devido ao fato da dívida média das mulheres (R$ 1.272,06) ser menor que dos homens (R$ 1.593,60), segundo pesquisa do Perfil do Inadimplente CDL/BH. “Os homens geralmente estão atrelados às compras de maior valor agregado, o que pode acarretar possíveis dívidas em longo prazo, caso não sejam cumpridos os pagamentos”, explica a economista da CDL/BH. 

Na variação por faixa etária, a recuperação de crédito ficou concentrada entre as pessoas de 30 a 39 anos (24,62%). O menor resultado está entre os mais jovens, de 18 a 24 anos (5,78%).  “Essa parcela da população está entrando mais tarde no mercado de trabalho, e por não possuir renda, consome menos e contrai um número menor de dívidas”, justifica Ana Paula.

Metodologia – Os indicadores de recuperação de crédito apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e a CDL/BH têm acesso.