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Opinião do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, sobre a manutenção da taxa de juros

Sugestão de Pauta

A decisão do Banco Central em manter a taxa de juros em 14,25% já era esperada em virtude do atual cenário político. Com o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff sendo julgado no Senado Federal, o Banco Central não iria mexer nos juros. Acreditamos que o corte da taxa de juros só deve ter início no fim de agosto, mesmo com o aumento da inflação em março.

A manutenção dos juros chega como uma forma de não agravar ainda mais a retração da atividade econômica. Ao longo do ano de 2015 e nos primeiros meses de 2016 o comércio varejista da capital mineira vem sofrendo quedas nas vendas, reflexo da inflação alta e taxa de juros em patamares elevados, o que inibe o consumo de bens de maior valor agregado. Em 2015 o comércio da capital mineira fechou com queda de 4,34%. E nos dois primeiros meses do ano de 2016, foi registrado queda de 1,72%.

Para o varejo, o retorno da queda dos juros tem se tornado fator primordial para o setor. Com juros elevados, o principal pilar de consumo – o crédito, fica prejudicado. Mas a queda da taxa de juros tem que vir acompanhada do controle da inflação. Isso porque a inflação tem efeito tão prejudicial quanto os juros, já que corrói o poder de compra do consumidor e eleva seu custo de vida.

Entendemos que a taxa básica de juros é o principal instrumento do governo para conter a pressão inflacionária. E aos poucos, a estratégia vem dando certo. Mas o governo precisa ir além. As medidas de controle da inflação têm de ser menos onerosas tanto para o setor produtivo como para os consumidores