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Número de dívidas dos mineiros caiu, de acordo com pesquisa do Conselho Estadual de SPC

Sugestão de Pauta

A redução da taxa de juros e de inflação, aliada aos saques das contas inativas do FGTS têm levado o consumidor mineiro a ficar menos endividado. De acordo com o indicador de inadimplência do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais, em agosto deste ano, o número de dívidas em atraso de pessoas físicas em Minas Gerais registrou queda de -3,67% na comparação com o mesmo mês de 2016. “A melhora dos indicadores econômicos, junto à renda extra que as pessoas tiveram devido à liberação das contas inativas do FGTS, possibilitou que parte da população regularizasse suas pendências e quitassem alguns débitos, reduzindo assim o número de dívidas”, afirma Bruno Falci, presidente do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais.

No recorte mensal da pesquisa (Ago.17/Jul.17), a retração no endividamento foi de -0,66%. “Esta queda está atrelada à redução na taxa de desemprego de um trimestre para o outro (2º tri. 2017 13,2%/ 1º tri 2017 14,5% – IBGE). A entrada de capital extra na economia no mês de agosto, via antecipação do 13º salários para os aposentados do INSS, também influenciou este resultado”, explica Falci.

Na análise por faixa etária, na comparação anual (Ago.17/Ago.16), a maioria das dívidas registradas no SPC Brasil ocorreu entre as pessoas acima dos 50 anos (35,34%). “As pessoas nesta faixa etária são os responsáveis financeiros pelas famílias, eles sentem mais no bolso os reflexos do aumento do custo de vida. Muitos, inclusive, vivem apenas com a renda da aposentadoria”, esclarece Falci. Já na abertura da pesquisa por gênero do devedor, comparando com o mesmo período do ano anterior, a queda no número de dívidas foi maior entre os homens (-4,40%), enquanto a redução dos débitos entre as mulheres foi de -3,52%.

 

Número de pessoas físicas inadimplentes também recua

Na comparação com o mesmo período do ano anterior (Ago.17/Ago.16), houve decréscimo de        (-0,91%) no número de consumidores inadimplentes junto ao SPC de Minas Gerais. Essa redução é reflexo da queda da taxa de inflação (IPCA 12 meses até agosto de 2017 em 2,46% – IBGE) e dos juros (Ago.16 14,25%/ Ago.17 9,25%, de acordo com o Banco Central). Na variação mensal (Ago.17/Jul.17), o número de consumidores mineiros inadimplentes diminuiu -0,40%.

Na análise por faixa etária, o número de inadimplentes mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, apresentou queda de -21,25%, na variação anual (Ago.17/ Ago.16). “A retração da inadimplência entre os mais jovens se deve à entrada tardia desse público no mercado de trabalho e, sem renda, não consomem e consequentemente não se endividam”, afirma Falci. Enquanto a quantidade de devedores acima de 50 anos registrou a maior concentração (+19,07%). “O aumento do custo de vida afeta principalmente essa faixa etária, pois, são pessoas aposentadas que tem suas despesas elevadas”, comenta o presidente. Atualmente, em Minas Gerais 5,62 milhões de pessoas estão inadimplentes.

 

inadimplência e número de dívidas das empresas ainda cresce, mas em ritmo lento

Em agosto deste ano, houve alta de +5,28% no número de pessoas jurídicas inadimplentes no estado, comparando-se com o mesmo período de 2016. Mas, apesar de ter havido crescimento, o indicador vem apresentando decréscimo. O índice foi menos da metade do que foi registrado em agosto do ano passado, quando o crescimento foi de +13,42%. Na base de comparação mensal (Ago.17/Jul. 17), o índice de inadimplência apresentou queda de -0,27%.

Esse recuo no crescimento dos índices também está sendo sentido no número de dívidas em atraso de pessoas jurídicas. Em agosto deste ano o indicador cresceu +3,25%, na comparação com o mesmo período de 2016, quando o aumento era de +15,35%. Na comparação mensal (Ago.17/Jul.17), o número de dívidas em atraso apresentou queda de – 0,28%.

O presidente o Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais explica que o arrefecimento da inadimplência e do número de dívidas das empresas do estado é resultado da queda na inflação (Ago.17 em 0,19%/Ago.16 em de 0,44% – IBGE) e da taxa de juros. “A desaceleração da inflação diminui o custo de vida da população e aliada a queda da taxa de desemprego (2º tri.17 em 12,2%/1º tri.16 em 13,7% – IBGE), possibilitou o aumento da renda em circulação, impactando positivamente na receita das empresas. Já a taxa de juros, em patamares menores, facilita a negociação dos débitos”, esclarece Falci. “Com o cenário econômico apresentando sinais de melhora, as empresas buscam quitar seus débitos diminuindo assim o número de dívidas,” completa Falci.

Na análise da pesquisa por CNAE, o segmento que possui o maior número de dívidas registradas em agosto deste ano, frente ao mesmo período de 2016 (Ago.17/Ago.16), foi o setor de comércio com 6,21%. Os demais setores registraram os seguintes percentuais: água e luz (+4,09%); comunicação (+2%); outros (+7,89%); bancos (-1,20%). A quantidade média de dívidas de pessoas jurídicas em agosto 2017 foi de 2,03 por CNPJ.

Já em relação à inadimplência em agosto, o setor com maior concentração de empresas devedoras foi o de Serviços com 7,94%, na variação anual (Ago.17/Ago.16). Em Minas Gerais, nos últimos 12 meses (Jul.16-Jun17), o setor de serviços sofreu uma retração nas suas atividades na ordem de       -3,4%, de acordo com dados do IBGE. “Com essa redução nas atividades à receita das empresas tem diminuído e, como consequência, sua capacidade de pagamento tem sido afetada”, comenta Bruno Falci.

 

Metodologia – Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e as CDL’s de Minas Gerais têm acesso.