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Lojistas da capital mineira pessimistas com vendas para a Copa do Mundo

Sugestão de Pauta

Belo Horizonte, 22 de agosto de 2013 – Desanimados com o desempenho das vendas durante a Copa das Confederações, empresários da capital mineira não esperam resultado positivo para o setor durante a Copa do Mundo em 2014. Pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) com 200 empresários no período de 6 a 14 de agosto apontou que 54,55% dos entrevistados têm expectativas negativas de vendas para a Copa do Mundo. Para 16,08% a realização do mundial não afetará as vendas e 29,37% acham que o resultado será positivo. 

 

Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, a expectativa negativa dos empresários é resultado do faturamento durante a Copa das Confederações. “Poucos segmentos lucraram com a Copa das Confederações. E muitos perderam vendas em função do grande número de manifestações na capital mineira, que levaram muitos comerciantes a fecharem as portas”, disse.

Perguntados qual é o percentual esperado de perda durante a Copa do Mundo, 76,55% dos entrevistados acham que será de até 40%. Os percentuais de perdas foram divididos da seguinte maneira: de 5% a 10% (25,93% dos entrevistados), até 5% (14,81%), de 30% a 40% (12,35%), de 50% a 60% (11,11%), de 10% a 13% (9,88%), de 22% a 30% (8,64%), de 40% a 50% (6,17%), acima de 60% (6,17%), de 13% a 17% (2,47%) e de 17% a 22% (2,47%).

 

Dos empresários que esperam vendas positivas com a Copa do Mundo, 17,95% esperam crescimento de 10% a 13%. Em seguida estão: de 30% a 40% (17,95%), de 50% a 60% (17,95%), acima de 60% (17,95%), de 22% a 30% (15,38%), de 5% a 10% (7,69%), de 40% a 50% (5,13%).

 

Avaliação – Para 46% dos empresários a vinda da Copa das Confederações para o Brasil atrapalhou muito no ritmo de vendas. Já 23,33% acham que atrapalhou um pouco; 20,67% acham que não fez diferença; 6% já acham que ajudou um pouco no ritmo de vendas e 4% acham que ajudou muito. 

 

Aproveitando a pesquisa, a CDL/BH também ouviu dos empresários avaliação sobre carga tributária, discriminação dos impostos na nota fiscal, contratação de mão de obra e assuntos que devem ser discutidos pela sociedade e os políticos.  O resultado foi o seguinte:

Carga tributária – Para 63,09% dos empresários a carga tributária brasileira é excessivamente alta. As outras avaliações foram: muita alta (25,5% dos entrevistados), alta (6,04%), razoável (4,03%) e baixa (1,34%).

 

Impostos na nota fiscal – 51,7% dos empresários já estão fornecendo a nota fiscal com detalhamento de imposto e 48,3% ainda não. Para 69,13% dos empresários, o detalhamento dará ao consumidor uma consciência maior do montante de imposto embutido em cada produto. 

 

Contratação de mão de obra – 48,32% dos empresários não têm tido problema para contratar mão de obra; 28,19% têm tido para encontrar mão de obra de qualquer nível; 9,4% têm problemas para encontrar mão de obra de nível médio; 6,04% para encontrar mão de obra de nível superior e para 8,05% os problemas são para manter o funcionário na empresa.

Assuntos para debates – A pergunta feita “após a aprovação da Lei de crime hediondo para corrupção, da derrubada da PEC 37 pelo Congresso e a redução das tarifas de ônibus em várias cidades do país, qual deveria ser o próximo ponto a ser discutido”. As respostas foram as seguintes: saúde (35,62%), educação (17,81%), corrupção (8,22%), reforma tributária (8,22%), reforma política (6,85%), segurança (6,16%), não soube/não quis responder (4,79%), redução da maioridade penal (2,05%), aumento salarial (1,37%), mudanças das leis no país (1,37%), redução dos preços dos combustíveis (0,68%), cumprir o que foi prometido (0,68%), diminuir os gastos (0,68%), economia (0,68%), fator previdenciário (0,68%), mudar a Constituição (0,68%), obras (0,68%), aposentadoria (0,68%), PEC 33 (0,68%), salário dos deputados (0,68%) e mercado interno/empresários e industriários (0,68%).