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Inadimplência recua 0,23% entre os consumidores da capital

Sugestão de Pauta

Os belo-horizontinos estão menos endividados. Em fevereiro houve redução de 0,23% no número de pessoas físicas inadimplentes, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Fev.19/Fev.18).  Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, essa queda reflete a continuidade da melhora do cenário econômico. “A inflação controlada e os juros mais baixos favorecem para que os consumidores tenham mais renda disponível. Eles estão conseguindo realizar o pagamento de suas dívidas e, em um segundo momento, passaram a contar com recursos disponíveis para consumir”, explica. Na base de comparação mensal (Fev.19/Jan.19) também houve recuo da inadimplência, com diminuição de 0,38% no número de pessoas endividadas.

O montante de endividados, na faixa etária acima de 65 anos, foi o que mais cresceu (+17,58%) em fevereiro. “As pessoas nesta faixa etária são as responsáveis financeiras pelas famílias, e sentem mais no bolso os reflexos do alto custo de vida. Muitos, inclusive, vivem apenas com a renda da aposentadoria”, esclarece o presidente da CDL/BH. Podemos destacar ainda que houve redução de 13,88% nos rendimentos reais dos idosos (4ºtri.18 em R$ 3.300/4ºtri.17 em R$ 3.832 – IBGE), o que justifica o maior endividamento nesta faixa etária. Na variação por gênero, a inadimplência está caindo para homens e mulheres, mas a queda para o público feminino vem ocorrendo em menor intensidade (-0,55%) que a do público masculino (-1,65%).

Número de dívidas reduz 4,15% em fevereiro

De acordo com o Indicador de Dívidas em Atraso, em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Fev.19/Fev.18) houve redução de 4,15% no número de débitos vencidos. “As pessoas vêm priorizando o pagamento de suas dívidas, mesmo que ainda não seja possível quitar todas”, comenta Silva.  Na comparação mensal (Fev.19/Jan.19), houve redução de 0,73%.

A maioria das dívidas (+13,69%) está entre as pessoas com mais de 65 anos. “Essa faixa etária é uma das que mais sofre com a alta de preços de remédios, do plano de saúde e dos alimentos, por isso têm mais dificuldades para pagar as contas em atraso”, esclarece Silva.

Inadimplência e dívidas das empresas da capital ainda crescem, mas em percentuais menores

O volume de empresas endividadas cresceu 5,76% em fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado (Fev.19/Fev.18). Já na variação mensal (Fev.19/Jan.19), houve crescimento de 0,62% da inadimplência. “A economia do País ainda não conseguiu retomar o ritmo de crescimento necessário para recuperar as perdas dos últimos três anos e permitir que os empreendimentos consigam quitar todos os seus débitos. Mas já estamos em um ambiente econômico melhor, o que tem proporcionado um leve crescimento das vendas para alguns segmentos e aumento das receitas das empresas”, explica o presidente da CDL/BH.

O número de dívidas das empresas da capital, na comparação mensal (Fev.19/Jan.19), apresentou crescimento de 0,12%. Já na variação anual (Fev.19/Fev.18), a quantidade de contas em atraso aumentou 2,01%.

Metodologia – Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e a CDL/BH têm acesso.