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Inadimplência em BH cresce 5,94% em relação ao ano passado

Sugestão de Pauta

O número de registros no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) aumentou 5,94% em janeiro na comparação com o mesmo período do ano de 2013. De acordo com a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, os dois principais pontos que contribuíram para este crescimento foram a inflação e o aumento dos juros. “A inflação em níveis mais elevados tem minado a capacidade de consumo e pagamento das famílias”, disse. “E o aumento dos juros dificulta a tomada de crédito, além de encarecer o crédito de risco. Isso tem pressionado os orçamentos, levando o consumidor a priorizar gastos mais essenciais em detrimento de outros, o que gera inadimplência”, completou.

 

Na comparação com o mês anterior (Jan.14/Dez.13) houve queda de 2,47% no número de registros no SPC da CDL/BH. Ana Paula explica que em janeiro os consumidores tendem a exercer um controle mais rigoroso de seus gastos em função do maior comprometimento da renda com obrigações que se acumulam no início do ano como impostos, matrículas e itens escolares e também de dívidas contraídas no fim do ano com as compras. “Com menos dinheiro, o consumidor tende a comprar menos. Menos compras, menor a inadimplência”, afirmou.

 

No mês de janeiro, a maioria das pessoas incluídas no SPC da CDL/BH foi do sexo feminino (58,92%). Por faixa etária, a maioria das inclusões (25,48%) ocorreu na idade de 30 a 39 anos e a minoria (9,18%) na faixa de maiores de 65 anos. Os consumidores com idade de 40 a 49 anos foram responsáveis por 19,61% das inclusões; de 50 a 64 anos por 17,64%; de 18 a 24 anos por 16,40%; e os de 25 a 29 anos por 11,69% dos registros.

 

Cancelamentos

O volume de cancelamento de registros, que ocorre quando as pessoas regularizam seus débitos junto ao SPC da CDL/BH, teve queda de 6,97% em janeiro na comparação com o mês anterior. De acordo com a economista da CDL/BH essa queda é causada, principalmente, pelo comprometimento da renda do consumidor com as usuais obrigações de início do ano, como impostos (IPTU, IPVA) e despesas escolares. “O consumidor fica com menos recursos para pagar as dívidas em atraso”, disse Ana Paula.

 

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (janeiro/13) houve queda de 2,21% no número de cancelamentos. “Apesar da manutenção em níveis historicamente baixos do desemprego, que dá mais segurança às famílias para quitarem seus débitos, os fatores inflação e juros impactaram de forma negativa na renda familiar”, explicou a economista da CDL/BH. Segundo ela, estes fatores levaram menos pessoas a quitarem seus débitos.

 

No mês de janeiro, a maior parte dos consumidores ficou inadimplente por até 30 dias (25,46%). O número de cancelamentos no quesito sexo ficou assim dividido: 51,35% do sexo masculino e 48,65% do feminino. Por faixa etária a maioria dos cancelamentos (24,62%) foi realizada por consumidores com idade entre 30 e 39 anos, e a minoria (7,65%) entre 18 e 24 anos.

 

Perfil da inadimplência 

Em janeiro de 2014 registrou-se maior número de inadimplentes nas faixas acima de R$ 250 (55,47%). A maior concentração nesta faixa de valor deve-se à facilidade de acesso ao crédito que leva os consumidores a almejarem níveis mais altos de consumo.