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Empresários acreditam que o consumidor gastará mais de R$ 100 com presente

Sugestão de Pauta

Devido à pressão inflacionária, os empresários da capital acreditam que o consumidor vai desembolsar em média, R$ 117,23 com o presente deste Dia dos Pais. O valor do tíquete médio está 16,01% maior, na comparação com 2015 quando ficou em R$ 101,05. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, com a inflação alta a tendência é que as pessoas gastem mais para adquirir o presente deste ano. Os dados são da pesquisa realizada pela entidade com 120 empresários da capital mineira e Região Metropolitana, no período de 23 de junho a 6 de julho.
(Gráfico 1)
 

Ao separarmos por faixas de valor as respostas sobre o tíquete médio do consumidor, a maioria dos empresários (36,1%) acredita que este valor não ultrapassará os R$ 50. Em seguida aparecem: de R$ 50,01 a R$ 100 (29,4%); de R$ 100,01 a R$ 150 (17,6%); de R$ 150,01 a R$ 200 (5,0%); de R$ 200,01 a R$ 250 (0,8%); de R$ 250,01 a R$ 300 (2,5%); de R$ 300 a R$ 400 (2,5%); de R$ 400,01 a R$ 500 (1,7%) e acima de R$ 500 (4,2%).
(Gráfico 2)
 

A pesquisa da CDL/BH com os empresários também aponta qual o valor médio que o consumidor deve desembolsar, conforme o tipo de presente. Quem optar por um item de material esportivo deve gastar, em média, R$ 108,34. Ao presentear com roupas o gasto deve ficar em R$ 95,52. Já com calçados esse valor deve girar em torno de R$ 90,28. Em seguida aparecem: cosméticos/perfumaria (R$ 75) e artigos diversos (canecas, molduras, fotos e etc.) (R$ 52,78).
(Gráfico 3)
 

Forma de pagamento – Para 58,3% dos empresários, os consumidores devem optar pelo parcelamento na hora de pagar as compras. E segundo os entrevistados, os parcelamentos serão feitos no cartão de crédito (57,5%) e no carnê/crediário (0,8%). Já 40,8% dos comerciantes, acreditam que os belo-horizontinos vão optar pelo pagamento à vista, sendo: dinheiro (13,3%); cartão de débito (5,0%) e cartão de crédito (22,5%). Os que não responderam somam 0,8% dos entrevistados.

 

O presidente da CDL/BH ressalta que em pesquisas recentes da entidade, o consumidor vem preferindo pagar suas compras à vista. “Apesar disso, os empresários acreditam que o orçamento apertado das famílias, devido à inflação e aos juros elevados, levará os belo-horizontinos a parcelarem o valor do presente dos pais”, afirma Falci.
(Gráfico 4)
 

O presente – O item que mais deve ser procurado pelos consumidores neste Dia dos Pais são as roupas, de acordo com 33,9% dos empresários. Em segundo lugar aparecem os calçados, citados por 16,5% dos entrevistados. Segundo Falci, a praticidade desses produtos e a facilidade de escolha são algumas das vantagens que fazem esses itens serem os mais demandados.

 

Os demais produtos citados pelos empresários foram: acessórios (carteiras, cinto, meia, gravata e etc) (8,7%); material esportivo (8,7%); artigos diversos (canecas, molduras, fotos e etc) (7,8%); perfumes/cosméticos (6,1%); alimentos (5,2%); ferramentas (5,2%); relógio (4,3%); smartphone (3,5%); barbeador, máquina de cortar cabelo (2,6%); colchões (1,7%); peças automotivas (1,7%); livros (0,9%) e móveis e eletrodomésticos (0,9%). Os que não responderam somam 2,6% dos entrevistados.
(Gráfico 5)
 

Expectativa – A pesquisa da CDL/BH também mostrou que 46,7% dos empresários da capital estão pessimistas com as vendas do Dia dos Pais. Para 35,0% dos entrevistados, o desempenho para a data será pior e para 11,7% será muito pior. Os que acreditam que o volume de vendas será semelhante ao de 2015 são 33,3%. Já 20,0% dos entrevistados estão otimistas para a data.

 

Segundo o presidente da CDL/BH, não há como negar que o país está passando por um momento de instabilidade na economia. “A renda das famílias tem diminuído e o índice de desemprego vem aumentando. Além disso, os juros estão altos e inflação está elevada”, afirma. “Com a piora desses indicadores as vendas do varejo vêm sendo prejudicadas ao longo do ano. Este é o principal motivo para o pessimismo de boa parte dos empresários para a data”, completa. 
(Gráfico 6)
 

Estoque – Receosos quanto à desaceleração do consumo, 43,3% dos empresários apostaram em um estoque semelhante ao ano anterior. Os entrevistados que fizeram um estoque menor ou muito menor somam 30,8% e 13,3%, respectivamente. Já 7,5% dos lojistas estão confiantes e, por isso investiram em um estoque maior para atender a demanda da data.  Os que não responderam somam 5,0% dos entrevistados.
(Gráfico 7)
 

Estratégia de vendas – Promoção, valor dos produtos e liquidação serão as estratégias mais utilizadas por 34,2% dos empresários da capital para atrair o consumidor. O presidente da CDL/BH explica que devido à inflação alta, o consumidor está priorizando a relação custo/benefício de cada produto. “E ao oferecer preços mais atrativos o empresário tende a ampliar suas vendas”, afirma.

 

As demais estratégias citadas foram: decoração (19,9%); divulgação dos produtos (12,2%); qualidade/mix de produtos (9,2%); atendimento (8,7%) e outros (7,6%). Os empresários que não vão utilizar nenhuma estratégia neste Dia dos Pais totalizam 8,2%. 
(Gráfico 8)
 

Divulgação – Os empresários da capital também foram perguntados sobre como será a divulgação dos seus produtos, serviços e promoções neste Dia dos Pais. Segundo 40,3% dos entrevistados, essa divulgação será feita através de cartazes afixados no interior da loja e com faixas na vitrine. Em segundo lugar aparece a divulgação boca a boca, citada por 19,5% dos comerciantes.

 

As demais formas de divulgação citadas foram: site da empresa (8,4%); Facebook (7,1%); WhatsApp (5,8%); Carro de som (4,5%); redes sociais (4,5%); locução na porta da loja (2,6%); televisão (2,6%); jornal (1,3%); adesivagem (0,6%); banner (0,6%); Instagram (0,6%) e panfletagem (0,6%). Já 9,7% dos empresários não vão utilizar nenhuma estratégia de divulgação. E os que não responderam a essa pergunta somam 0,6% dos entrevistados.
(Gráfico 9)
 

Fatores positivos para as vendas – Segundo 34,2% dos empresários, o que pode contribuir com o aumento das vendas para o Dia dos Pais é o mercado de trabalho aquecido. Já a aposta de 24,2% dos entrevistados é no aumento da renda real dos trabalhadores. Os demais fatores citados foram: quitação das dívidas (11,7%), outros (10,7%) e crédito facilitado para pessoa física (7,5%). Já os que não acreditam em melhora para esta data comemorativa e os que não sabem qual fator pode contribuir com as vendas somam 9,2% e 2,5%, respectivamente.

 

Fatores negativos para as vendas – O desemprego foi o item mais citado por 40,0% dos empresários como o fator que pode prejudicar o desempenho neste Dia dos Pais. Em segundo lugar aparece o fim da crise econômica/política, citado por 22,5% dos entrevistados. Em seguida aparecem: inflação alta/preço dos produtos (12,5%); dívidas, inadimplência (10,8%); aumento da taxa de juros (8,3%) e outros (4,2%). Já 1,7% dos empresários não sabem qual fator pode prejudicar o desempenho das vendas. 
(Gráfico 10)
 

Cenário econômico – Os empresários da capital também foram perguntados sobre como está a situação financeira de sua empresa, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A pesquisa apontou que a percepção de 55,0% dos entrevistados é de piora. Para 29,2% dos entrevistados o cenário está igual. Já os que perceberam uma melhora em seus negócios somam 13,3% dos comerciantes.
(Gráfico 11)
 

Expectativa de vendas – De acordo com a CDL/BH, o desempenho do comércio em agosto deve ter uma variação de -1,24% a +1,55%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A estimativa da entidade é que as vendas do Dia dos Pais injetem na economia de Belo Horizonte entre R$ 1,76 bilhão e R$ 1,81 bilhão. 
(Gráfico 12)