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Copa das Confederações

Sugestão de Pauta

Belo Horizonte, 23 de abril de 2013 – Pesquisa inédita encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 64% dos comerciantes da capital mineira não vêm se preparando para receber a Copa das Confederações, cuja abertura está marcada para junho deste ano. Entre os empresários que estão se preparando, 62% responderam que começaram os preparativos há menos de seis meses. 

 
O estudo foi realizado junto a varejistas e prestadores de serviços das capitais que irão receber a Copa das Confederações e revela percepções do empreendedor brasileiro sobre o nível de capacitação do próprio setor, a qualidade da infraestrutura do país para receber o evento e as expectativas sobre o perfil do consumidor estrangeiro. Este é o resultado dos empresários de Belo Horizonte.
 
A pesquisa mostra que os motivos mais citados entre os empresários que não vêm se preparando para o evento são a falta de retorno para o negócio (25%), a falta de mão de obra qualificada (23%), a ausência de capital para investimento (11%) e a carência de apoio governamental (6%). Entre os varejistas que vão investir no próprio estabelecimento, a maioria (82%) teve que usar dinheiro do próprio bolso e somente 18% tomaram empréstimo em bancos. 
 
“Apesar de 95% do setor de comércio e serviço brasileiro ser composto por micro e pequenas empresas, a oferta de crédito no país é direcionada para o grande empresário. Como as taxas de juros oferecidas são caras e o acesso ao crédito é extremamente burocrático, os pequenos raramente têm acesso aos empréstimos”, afirmou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci.
 
Embora o levantamento revele que 78% de todos os empresários entrevistados acreditam que Copa das Confederações trará novas oportunidades de desenvolvimento para os negócios, a maioria (81%) nunca participou de palestras ou treinamentos de capacitação no atendimento ao turista. “Infelizmente o empreendedor não está sendo alcançado pelos programas do governo de política de treinamento e capacitação”, avalia Falci.
 
 
Preparativos para a Copa das Confederações
 
Entre aqueles empresários que estão se preparando para a Copa das Confederações, as principais ações-foco são: treinamento da equipe (65%), aumento da variedade de produtos e serviços ofertados (25%) e ampliação de estoque (24%). 
 
Consumidor que vem por aí
 
Ao compararmos o comportamento dos turistas em relação ao dos atuais clientes brasileiros, os entrevistados afirmaram que o poder aquisitivo (70%) e a nacionalidade (69%) dos turistas serão diferentes da dos clientes atuais. 
 
No entanto, as formas de pagamento utilizadas (70%), a exigência quanto ao preço (65%) e quanto à variedade de produtos/serviços (61%) serão iguais entre turistas e os clientes atuais. “Isso demonstra que com o aquecimento da economia, o consumidor brasileiro está cada vez mais exigente e busca qualidade e variedade de produtos e serviços. Assim, aproxima seu comportamento dos consumidores estrangeiros”, avalia o presidente da CDL/BH.
 
Comércio informal
 
Quando questionados se o comércio informal vai ser uma barreira para seu fluxo de vendas, 79% responderam que não. Dos que responderam que sim, 51% afirmam que a informalidade vai trazer insegurança e desconforto aos clientes e gerar concorrência desleal (32%). 
 
 
Infraestrutura para receber o evento
 
Tendo em vista a percepção dos empresários quanto à infraestrutura que Belo Horizonte atualmente possui para receber a Copa das Confederações, a capital mineira foi considerada despreparada na maioria dos quesitos avaliados. 
 
Por outro lado, nota-se que os segmentos considerados mais preparados para receber a Copa das Confederações são serviços originários do setor privado (bares e restaurantes, comércio em geral, hospedagem, por exemplo). “Há ainda grande carência quanto aos investimentos do poder público a fim de melhorar a infraestrutura existente”, disse o presidente da CDL/BH. “Em Belo Horizonte, alguns segmentos como mobilidade urbana, saúde, transporte público e segurança pública precisam muito do incentivo governamental”, completou.
 
Visão sobre a Copa do Mundo de 2014
 
Dados da pesquisa revelam que 57% dos empresários entrevistados farão uma preparação diferente para a Copa do Mundo em relação à Copa das Confederações. “Para o comércio a Copa das Confederações também será um evento teste. O que funcionar bem será aproveitado e o que não funcionar, será aperfeiçoado”, explicou Falci. 
 
Dentre aqueles que farão uma preparação diferente, os itens mais citados foram o treinamento da equipe (76%), o aumento da variedade de produtos (33%) e a contratação de mais funcionários para atender à demanda (31%).