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Imprensa -

Consumidores acreditam na melhora da economia brasileira nos próximos seis meses

Sugestão de Pauta

Pela primeira vez, desde o início de sua realização em outubro de 2015, o “Indicador de Confiança do Consumidor” medido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) apresentou resultado positivo. A expectativa dos belo-horizontinos quanto ao cenário econômico do país e as suas finanças pessoais para os próximos seis meses registrou 54,7 pontos em junho. O índice cresceu 39,9% quando comparado com março (39,1). Já em outubro do ano anterior, essa pontuação ficou em 49,9. O levantamento entrevistou 200 consumidores de Belo Horizonte e Região Metropolitana no período de 20 a 30 de junho.
(Gráfico 1)
 

O vice-presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar, explica que com o fim do primeiro semestre os consumidores estão mais aliviados quanto às suas finanças. “Com o fim da temporada de pagamento das dívidas de início de ano como IPTU, IPVA e matrículas escolares, as pessoas estão conseguindo organizar melhor seu orçamento”, afirma. “E a tendência é que este controle financeiro melhore ainda mais neste segundo semestre. O motivo é a entrada de recursos extras na economia como o décimo terceiro salário, a restituição de imposto de renda e o reajuste salarial para grande parte das categorias”, completa.

 

Expectativa para a economia – A pesquisa da CDL/BH também avaliou qual a percepção dos consumidores sobre a expectativa para a economia brasileira nos próximos seis meses. E esse índice ficou em 50,6 pontos. O resultado está 17,4 pontos acima do índice registrado em março (33,2).  Para o vice-presidente da CDL/BH, a melhora desse indicador é reflexo da nova definição política brasileira. “Apesar do novo governo não ter implantando medidas realmente eficazes para a retomada do desenvolvimento econômico, o fim do impasse político acabou gerando uma perspectiva otimista para os próximos meses”, disse.
(Gráfico 2)
 

Expectativa para as finanças – Já a percepção dos consumidores quanto as suas finanças pessoais nos próximos seis meses registrou 58,9 pontos. Em março, essa pontuação foi de 44,9. Segundo Gaspar, o consumidor consegue fazer um melhor planejamento do seu orçamento pessoal, independente do cenário econômico. “Se equilibrar despesas e receitas está difícil, o belo-horizontino começa a investir nas pesquisas de preço. E quando determinado produto está caro, as famílias tendem a fazer a substituição desta mercadoria por itens similares e de baixo custo”, explica. “Assim as pessoas vão adaptando suas finanças à atual situação econômica do país. Este comportamento é responsável pela melhora desse indicador”, completa. 
(Gráfico 3)
 

Condições atuais – A pesquisa da CDL/BH também avaliou a percepção dos consumidores sobre a condição atual da economia brasileira e sobre seu próprio negócio. A pontuação desse indicador ficou em 21,0 pontos. Apesar de baixo, o índice é maior que o registrado em março (18,8). “O aumento do desemprego aliado ao encarecimento do custo de vida das famílias tem afetado o poder de compra das pessoas e a capacidade de pagamento das dívidas”, explica o vice-presidente da CDL/BH. “Um dos reflexos disto é o aumento da inadimplência em Belo Horizonte. Em junho, o número de pessoas inadimplentes na capital cresceu 5,62%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A alta é a maior dos últimos quatro anos, para essa mesma base de comparação”, completa.
(Gráfico 4)
 

 

Condição atual da economia – Quando a avaliação considera apenas a condição atual da economia brasileira, o pessimismo dos consumidores é ainda maior, tendo registrado em junho 14,3 pontos. Em março, esse índice ficou em 12,3. Segundo Gaspar, essa percepção negativa é reflexo de uma série de fatores como a deterioração dos níveis de emprego, o aumento da pressão inflacionária sobre a renda das famílias e a elevação da taxa de juros.
(Gráfico 5)
 

Condição atual das finanças pessoais – Já a percepção dos consumidores quanto a condição atual das suas próprias finanças, registrou 27,7 pontos em junho. Em março, esse resultado foi de 25,3. “Apesar da melhora, o índice continua negativo e longe do nível neutro dos 50 pontos. Este cenário somente será revertido com a retomada da atividade econômica e, consequentemente, com o crescimento dos indicadores de emprego e renda”, afirma o vice-presidente da CDL/BH. 
(Gráfico 6)
 

Confiança – Considerando os resultados das condições atuais e das expectativas quanto ao cenário econômico e as finanças pessoais, a CDL/BH consegue avaliar como está a confiança dos consumidores da capital. E em junho, o “Indicador de Confiança do Consumidor” registrou 40,3 pontos. O resultado é melhor do que o observado na pesquisa do mês de março, onde essa pontuação ficou em 30,4. “Mas o índice ainda permanece abaixo do nível neutro de 50 pontos, demonstrando baixa confiança dos consumidores da capital. Este pessimismo é reflexo, sobretudo, da piora dos indicadores econômicos”, finaliza o vice-presidente da CDL/BH.
(Gráfico 7)
 

Metodologia – O “Indicador de Confiança do Consumidor” realizado pela CDL/BH é formado por quatro indicadores individuais, sendo eles: condições atuais da economia brasileira, condições atuais das finanças pessoais, expectativa para a economia brasileira e expectativa para as finanças pessoais. A média desses indicadores é utilizada para o cálculo do indicador de confiança dos consumidores.

 

Quando um desses indicadores vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos consumidores. A escala do indicador varia de zero a cem. Onde zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e das finanças pessoas “pioraram muito” e cem indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.