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Imprensa -

Consumidor vai comprar apenas um presente no dia das mães e pagamento será à vista

Sugestão de Pauta

O forte apelo emocional do Dia das Mães levará a maioria dos consumidores (87,2%) a presentear na data. Apesar disso, o índice é menor que o registrado no mesmo período do ano anterior (91,2%). Segundo o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marco Antônio Gaspar, os belo-horizontinos estão mais cautelosos na hora das compras por causa da instabilidade do cenário econômico. Já os entrevistados que não pretendem fazer gastos somam 12,8%. Em 2015, essa era a intenção de 8,8%. Os dados são da pesquisa da CDL/BH realizada no período de 05 a 19 de abril com 400 consumidores da capital e Região Metropolitana.  

E a intenção de compra para este Dia das Mães é maior entre os homens (91,7%) e também entre os consumidores (homens e mulheres) da classe C/D (92,9%) e com faixa etária acima de 65 anos (100%). “Importante ressaltar que os belo-horizontinos da classe E serão o que menos irão presentear”, disse Gaspar. “O motivo é que a renda familiar dessas pessoas está sendo mais impactada pela pressão inflacionária e pelo aumento da taxa de desemprego”, completa.

As mães serão as mais presenteadas, segundo 79,9% dos entrevistados. Em seguida, aparecem: sogra (5,4%); esposa (4,9%); avó (4,0%); filha (1,7%); amiga/vizinha/nora (1,4%); irmã (1,1%); tia (0,9%) e madrasta (0,7%).
 

Quantidade de presentes – A maioria dos belo-horizontinos (71,6%) comprará apenas um presente neste Dia das Mães. Os que irão adquirir dois ou três somam 24,1% e 3,4%, respectivamente. Em seguida aparecem: quatro presentes (0,6%) e cinco ou mais presentes (0,3%).

Valor do presente – O consumidor deve gastar, em média, R$ 104,10 com o presente deste Dia das Mães. No ano anterior, esse valor era de R$ 103,67. O vice-presidente da CDL/BH explica que o tíquete médio deste ano está maior, pois a pressão inflacionária está elevando o custo dos produtos. “Apesar disso, os lojistas esperam que o consumidor gaste mais com o presente das mães (R$ 133,30)”, afirma.  
 

A maioria dos consumidores (76,3%) pretende desembolsar até R$ 100 com o presente. Os que têm a intenção de consumir de R$ 100,01 a R$ 150 somam 8,9% dos entrevistados. Em seguida aparecem: de R$ 150,01% a R$ 200 (5,7%); de R$ 200,01 a R$ 250 (2,9%); de R$ 250,01 a R$ 300 (1,7%); de R$ 300,01 a R$ 400 (1,7%); de R$ 400,01 a R$ 500 (1,4%) e acima de R$ 500 (1,4%).

A pesquisa da CDL/BH também apontou qual valor o consumidor deve desembolsar, de acordo com o tipo de presente escolhido. Quem optar por calçados gastará R$ 73,53. Já o gasto de quem escolher flores será de R$ 82,50. Os belo-horizontinos que pretendem presentear com roupas vão gastar R$ 86,61. Em seguida aparecem: utensílios domésticos (R$ 95,84); perfumes/hidratantes (R$ 98,49) e bijuteria/semi joia (R$ 134,62).
 

Forma de pagamento – A maioria dos belo-horizontinos (83,1%) pretende realizar suas compras à vista. Dos que vão utilizar essa forma de pagamento, 56,4% vão pagar o presente de Dia das Mães com dinheiro. Já 13,5% pretendem pagar no cartão de crédito.  Em seguida estão: cartão de débito (12,9%) e cheque (0,3%). “Ao pagar suas compras à vista, a pessoa evita assumir dívidas em longo prazo. O que é bom tanto para o consumidor como para o lojista”, explica Gaspar. “Embora a maior parte dos entrevistados afirmem sua intenção de pagar à vista, 66,4% dos empresários acreditam que esse pagamento será parcelado”, completa.

Já os belo-horizontinos que pretendem parcelar o valor de suas compras somam 16,9%. Assim distribuído: cartão de crédito (15,5%) e cartão da própria loja (1,1%). Os que não responderam qual forma de pagamento pretendem utilizar nesse Dia das Mães somam 0,3% dos entrevistados.
 

Presente – Roupas lideram a intenção de compra de 41,2% dos consumidores. Em segundo lugar, aparece a preferência por perfumes/hidratantes (16,9%). Em seguida estão: calçados (16,7%); bijuterias/semi joias (5,6%); flores (5,4%); utensílios domésticos (3,3%); eletrodomésticos (2,7%); bolsas e acessórios (2,2%); maquiagem em geral (1,3%); cama, mesa e banho (1,1%) e outros como produtos para o cabelo, bombons, livros, dinheiro, smatphones, acessórios, móveis e viagem (3,6%).
 

Local de compras – As lojas de rua serão as mais procuradas, de acordo com 61,7% dos belo-horizontinos. Sendo que 28,9% dos entrevistados realizarão suas compras para este Dia das Mães no Hipercentro/Região Central. A segunda opção mais citada pelos consumidores foi a região onde mora (27,8%). Em seguida aparecem: outros centros comerciais (2,9%); Savassi (1,2%) e Barro Preto (0,9%).  Para o vice-presidente da CDL/BH, o mix de produtos e a oferta de preços menores são alguns dos fatores que atraem cada vez mais consumidores para o comércio de rua.

Os entrevistados que vão comprar em shopping centers somam 25,2%. Já 2,9% devem comprar o presente pela internet. E 0,9% pretendem comprar no shopping popular. Os que afirmaram não ter preferência totalizam 9,5% dos entrevistados. 
 

Recursos – O levantamento da CDL/BH também apontou que 98,0% dos consumidores da capital não vão utilizar recursos de terceiros para realizar as compras do Dia das Mães. Já os que vão utilizar totalizam 2,0%, sendo que 1,7% recorrerão ao dinheiro emprestado e 0,3% a empréstimos (banco/financeiras). 
 

Comemoração – Segundo 67,4% dos consumidores, a comemoração do Dia das Mães não ficará apenas no presente.  A maioria (58,0%) deve comemorar a data com um almoço em casa ou na casa de algum parente. As demais opções citadas foram: almoço fora (restaurante) (6,1%); jantar fora (restaurante) (1,5%); lanchar fora (0,6%); parque/centro de diversões (0,6%); cinema (0,3%) e lanche em casa (0,3%). 

E o valor médio dessas comemorações é de R$ 90,20. “Ao somarmos o valor do tíquete médio por presente e por comemoração, o gasto total do consumidor com o Dia das Mães será de R$ 194,30”, afirma o vice-presidente da CDL/BH.

O belo-horizontino que optar por comemorar a data no cinema ou com um lanche em casa deve gastar R$ 75,01. Em seguida aparecem: almoço em casa/casa de parente (R$ 87,30); parque/centro de diversões (R$ 87,50); lanche fora de casa (R$ 100,01); almoço fora (restaurante) (R$ 108,34) e jantar fora (R$ 125).
 

Preço dos presentes – Apesar do tíquete médio maior deste ano, 52,1% dos consumidores afirmam que o valor do presente deste Dia das Mães será menor que o do ano passado. E o principal motivo é a inflação, de acordo com 52,5% dos entrevistados. Em seguida aparecem: está sem dinheiro (28,4%); está desempregado (8,2%); está endividado (6,6%); presente do ano passado tinha valor mais alto (2,7%) e crise econômica (1,1%). Já 0,5% dos entrevistados não responderam.
 

Hábitos de consumo – A maioria dos consumidores (87,0%) presenteou no Dia das Mães do ano anterior. Apenas 13,0% não presentearam nesta data. Avaliando por gênero, o índice de consumidores que não presentearam no Dia das Mães é maior entre os homens (15,6%). Entre as mulheres, esse índice é de apenas 10,9%. 

Os consumidores da capital também foram questionados se eles possuem o hábito de presentear em outras datas comemorativas, além do Dia das Mães. E a maioria (67,9%) afirmou que têm esse costume. Os que presenteiam às vezes somam 18,3%. Já 10,0% fazem isto raramente e 3,2% nunca o fazem. Aqueles que não responderam são 0,6% dos entrevistados.
 

Atrativo nas lojas – O preço foi citado por 30,7% dos entrevistados como o item que mais atrai na hora de realizar as compras. “Esse dado confirma a tendência de outras pesquisas já realizadas pela CDL/BH. O que o consumidor busca atualmente é comprar um produto que caiba no orçamento”, explica o vice-presidente da CDL/BH. “Mas isto não quer dizer que o belo-horizontino está disposto abrir mão da qualidade dos produtos. Tanto que este item foi o segundo mais citado (20,7%)”, completa.

As demais respostas foram: bom atendimento (16,2%); promoções/sorteios (7,7%); forma/prazo de pagamento (5,9%); educação/cortesia dos funcionários (5,9%); localização (4,0%); agilidade no atendimento (3,0%); ambiente agradável (2,0%); marca/grife do produto (1,9%); credibilidade da loja (1,2%); variedade de produtos (0,4%); entrega (0,3%) e organização da loja (0,1%).
 

Dificuldades na hora das compras – Para a maior parte dos consumidores (36,4%), o preço alto dos produtos é o fator que mais dificulta na hora de realizar as compras. Para Gaspar, esse resultado reflete, novamente, o efeito corrosivo da inflação sobre a renda das famílias. Em seguida aparecem: atendimento ruim (16,7%); lojas muito cheias/filas (13,0%); qualidade dos produtos (8,5%); pouca variedade de produtos (6,9%); poucas vagas de estacionamento (3,5%); juros altos (3,1%); pouca flexibilidade na negociação (2,8%); poucas formas de pagamento (2,2%); trânsito (0,7%); aparência/estrutura da loja (0,4%); localização das lojas (0,4%); falta de tempo (0,2%) e indecisão (0,2%). Para 5,0% dos entrevistados não existe nenhuma na hora de realizar as compras. 
 

Pesquisa de preço – A pesquisa da CDL/BH também mostra que 58,2% dos consumidores pesquisam com frequência o valor dos presentes em outras lojas antes de finalizar sua compra. “As elevadas taxas de juros e a pressão inflacionária estão corroendo a renda das famílias. Com o orçamento mais apertado, os belo-horizontinos acabam pesquisando mais o preço para equilibrar as finanças”, afirma Gaspar. Os que fazem essa pesquisa às vezes totalizam 15,2% dos entrevistados. E os que nunca ou raramente pesquisam os preços somam 14,9% e 11,2%, respectivamente. E 0,5% dos belo-horizontinos não responderam. 
 

Situação financeira – Os consumidores também foram perguntados sobre como está a sua situação financeira na comparação com o mesmo período do ano anterior. A percepção da maioria dos entrevistados (37,0%) é de piora. E os motivos mais citados para essa deterioração financeira foram: inflação alta (47,3%); demissão (23,3%); endividamento (14,0%); desemprego na família (7,0%) e renda diminuiu (7,0%). “Desde o último ano, a pressão inflacionária vem corroendo a renda das famílias. Aliado à isto, o aumento do desemprego tem levado muitos belo-horizontinos ao endividamento”, completa. 

Para 27,5% dos entrevistados, a situação financeira melhorou neste ano, na comparação com 2015. E os motivos mais citados foram: conseguiu um novo emprego (53,1%); foi promovido (18,8%); agora tem uma renda extra (15,6%); quitou as dívidas (9,4%) e redução dos gastos (1,0%). Segundo 32,1% dos consumidores, nada mudou nesse período. Os que responderam que não sabem somam 3,4%.