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Consumidor mineiro está com mais dívidas em atraso

Sugestão de Pauta

A pressão inflacionária e as elevadas taxas de juros continuam corroendo a renda das famílias e levando o consumidor mineiro a registrar mais dívidas. Prova disto é que o número de dívidas em atraso no estado apresentou alta de 8,22% em março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O crescimento é o maior dos últimos quatro anos, nesta mesma base de comparação. Nos anos anteriores, o desempenho das dívidas em atraso foi de: 6,35% em 2015, 4,79% em 2014 e 4,16% em 2013. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) das CDL´s de Minas Gerais.
(Gráfico 1)

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, atribui o aumento das dívidas em atraso a piora dos indicadores de emprego em Minas Gerais. “Com um maior número de pessoas desempregadas, a renda de boa parte das famílias mineiras está menor”, disse. “Além disso, a pressão inflacionária acaba diminuindo ainda mais o orçamento dos consumidores, contribuindo com o crescimento das dívidas”, completa.

Na comparação com o mês imediatamente anterior (Mar-16/Fev-16) o número de dívidas em atraso cresceu 1,23%. “O consumidor que não realizou um bom planejamento financeiro no início do ano, período marcado por um grande volume de tributos e impostos para pagamento, acabou desequilibrando suas finanças e acumulando dívidas”, explica Falci.
(Gráfico 2)
 

Perfil – De acordo com os dados do SPC das CDL’s de Minas Gerais, os consumidores com idade entre 50 e 64 anos foram os responsáveis pelo maior crescimento (15,21%) do número de dívidas em atraso em março, na comparação com o mesmo período do ano anterior. “Grande parte dessas pessoas são responsáveis financeiramente por suas famílias e devido ao aumento do custo de vida estão com mais dificuldades em honrar suas dívidas”, afirma o presidente da CDL/BH.
(Gráfico 3)
 

Analisando por gênero, foram as mulheres que registraram o maior aumento de dívidas em atraso (8,03%) em março, na comparação com o mesmo período de 2015. Entre, os homens esse índice foi de 7,66%. Falci explica que por avaliar menos sua situação financeira antes de realizar uma compra é que as belo-horizontinas estão com mais dívidas. “Pesquisa recente da CDL/BH apontou que 18,5% das mulheres nunca ou raramente fazem essa análise de suas finanças. Índice que é de 10,6% entre o público masculino”, afirma. “Tal resultado é preocupante, pois somente ao avaliar seu orçamento é que o consumidor consegue planejar gastos e evitar a inadimplência”, completa.
(Gráfico 4)
 

Inadimplentes – Já o número de pessoas inadimplentes em Minas Gerais registrou alta de 4,88% em março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Mar-16/Mar-15). Quando comparado com o mês imediatamente anterior (Mar-16/Fev-16), o crescimento foi de 0,71%.

Segundo o presidente da CDL/BH, o aumento da inadimplência nessas bases de comparação reflete o atual cenário econômico de desequilíbrio. “A renda das famílias está sendo diretamente afetada pela pressão inflacionária, pelas elevadas taxa de juros e pelo aumento do desemprego”, explica. “Como a capacidade das famílias de arcar com todas as despesas da casa está menor, muitas pessoas têm direcionado seus recursos para o pagamento de produtos e serviços essenciais para a subsistência, deixando de quitar outras dívidas”, finaliza.