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Consumidor da capital mineira fecha 2019 com menos dívidas

Sugestão de Pauta

Belo Horizonte, 20 de janeiro de 2020 – Desde 2010, quando teve início a série histórica, o consumidor de Belo Horizonte não apresentava um número tão baixo de dívidas. Em dezembro de 2019, o número médio de dívidas foi de 1,914. No mesmo mês do ano de 2018, o índice foi de 2,008 dívidas para cada consumidor. Em dezembro de 2010 foi registrado média de 2,452 dívidas, uma queda de 21,94% em relação ao mesmo mês de 2019. Os dados fazem parte da pesquisa de inadimplência e dívidas em atraso da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

Para o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, fatores como a melhora da atividade econômica, com juros mais baixos e inflação controlada, aliados à redução do índice de desemprego, contribuíram para essa queda no número de dívidas.  “Vimos a redução do número médio de dívidas ao longo dos anos. Esse é um sinal que os belo-horizontinos vêm tentando organizar sua situação financeira e realizar aos poucos, o pagamento das dívidas”, disse.

 

Em dezembro de 2019 foi registrada redução de 5,57% no número de débitos em atraso

No último mês do ano de 2019, na comparação com 2018 (Dez.19/Dez.18) o Indicador de Dívidas da CDL/BH apontou uma queda de 5,57% no número de dívidas em atraso entre os belo-horizontinos. Na comparação com o mesmo mês anterior (Dez.19/Nov.19) houve queda de 0,7% no número de dívidas em atraso.

A maioria das dívidas (7,8%) ficou concentrada entre as pessoas com mais de 65 anos. Nessa faixa de idade encontram-se os aposentados, que normalmente têm um aumento de gastos com a saúde e a alimentação, impedindo que eles destinem seus recursos para o pagamento dos débitos. “As pessoas nesta faixa etária também são as responsáveis financeiras pelas famílias. Muitos, inclusive, vivem apenas com a renda da aposentadoria, o que dificulta a sobra de recursos para a quitação das dívidas”, esclarece o presidente da CDL/BH. Entre os gêneros, houve queda em ambos, com maior concentração entre os homens (-7,35%). Entre as mulheres, a queda no número de dívidas foi de 5,95%.

 

Inadimplência entre os consumidores da capital também apresenta recuo

Assim como no Indicador de Dívidas em Atraso, a inadimplência entre os consumidores de Belo Horizonte apresentou queda. Em dezembro de 2019 na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Dez.19/Dez.18) foi registrada queda de 0,95% no número de consumidores com o nome inscrito no cadastro de devedores do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Esse resultado pode ser explicado por fatores como queda da taxa de juros, desaceleração do desemprego, injeção de recursos via liberação do FGTS e décimo terceiro salário e inflação sob controle. “Com a retomada da atividade econômica e melhora dos indicadores, esperamos que os índices de inadimplência continuem seguindo essa tendência de desaceleração”, comenta Souza e Silva. Na variação mensal (Dez.19/Nov.19), a inadimplência apresentou queda de 0,62%.

Entre os gêneros, a inadimplência apresentou redução entre homens e mulheres, porém a retração foi menor para o público feminino (-1,42%), enquanto no masculino foi de -2,73%. Essa diferença é justificada pela taxa de desemprego permanecer maior entre as mulheres (3º tri.19 em 12,4% para as mulheres/3º tri.19 em 10% para os homens – IBGE). “Com mais dificuldade para retornar ao mercado de trabalho, as mulheres seguem com menos renda disponível para o pagamento de suas contas atrasadas”, esclarece o presidente da CDL/BH. Além disso, outro fator que contribui para explicar a inadimplência maior do público feminino é que os rendimentos reais também são menores para elas (Mulheres R$ 2.321/Homens R$ 3.502 – 3º tri.19 – IBGE).

 

Número médio de dívidas das empresas também apresentou queda

Assim como no caso das pessoas físicas, o número médio de dívidas das empresas vem apresentando queda. Em dezembro de 2019, o índice foi de 1,863, frente a 1,952 do mesmo período do ano anterior. No mesmo mês de 2010, o número médio de dívidas das empresas foi de 2,183. O número de dívidas contraídas em nome de pessoas jurídicas caiu 0,51% na variação anual (Dez.19/Dez.18). Na comparação mensal (Dez.19/Nov.19) houve aumento de 0,14% no número de dívidas em atraso das empresas. “A elevação das dívidas ainda é reflexo das dificuldades financeiras geradas com a crise. A melhora da atividade econômica ainda não tem sido suficiente para que as empresas saiam completamente do endividamento”, explica o presidente da CDL/BH.

O número de empresas com contas em atraso e registradas no cadastro de inadimplentes cresceu 4,28% na variação anual (Dez.19/Dez.18). Na comparação com o mês anterior (Dez.19/Nov.19), houve alta de 0,51% na inadimplência. “A economia do País ainda não conseguiu retomar o ritmo de crescimento necessário para recuperarmos as perdas dos últimos três anos e permitir que os empreendimentos consigam quitar todos os seus débitos, por isso as empresas seguem inadimplentes”, comenta Souza e Silva.  

Metodologia – Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e a CDL/BH têm acesso.