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Comércio de BH começa a reagir

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As vendas do setor de comércio da capital mineira registraram queda de 1,56% no acumulado deste ano (Jan.16-Mai.16/Jan.15-Mai.15). Apesar do resultado negativo, o índice registrou uma melhora frente a abril (Jan.16-Abr.16/Jan.15-Abr.15), que atingiu a queda de -1,80%. Em março, esse índice apresentou queda de 1,05%. Já nos meses de fevereiro e janeiro, o desempenho do setor foi de -1,72% e -1,70%, respectivamente. Os dados são da pesquisa de maio do “Termômetro de Vendas” da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).
 
GRÁFICO 1
 
O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, explica que a desaceleração da queda nas vendas em maio pode ser o indício de um fôlego para o setor neste segundo semestre do ano. “No entanto, o desempenho do comércio ainda segue negativo, motivado sobretudo ao aumento da taxa de desemprego na capital e Região Metropolitana”, disse. “Com um volume menor de pessoas empregadas, a tendência é que a renda e, consequentemente, o consumo das famílias reduzam”, completa. 
 
Os setores que apresentaram queda nas vendas no acumulado do ano (Jan.16/Mai.16) foram: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,05%); tecidos, vestuário, amarinho e calçados (-1,86%); papelaria e livrarias (-1,58%); veículos novos e usados – peças (-1,48%); ferragens, material elétrico e de construção (-1,21%). Os segmentos que cresceram foram: artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (+0,75%); supermercados e produtos alimentícios (+0,18%); e drogarias, perfumes e cosméticos (+0,05%).
 
Comparativo com o ano anterior – De acordo com o Termômetro de vendas da CDL/BH, as vendas do comércio registraram queda de 1,97% em maio, na comparação com o mesmo período de 2015. “Tal resultado demostra o efeito negativo da desaceleração da atividade econômica. A inflação e os juros em alta corroeram o poder de compra das famílias, gerando uma menor demanda no varejo”, explica o presidente da CDL/BH.
 
GRÁFICO 2 
 
O segmento de veículos novos e usados – peças foi o que apresentou o pior desempenho (-3,62%) das vendas no mês de maio, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os setores que também registraram queda nas vendas: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-3,29%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-3,06%); Papelarias e Livrarias (-1,55%); supermercados e produtos alimentícios (-1,52%) e ferragens, material elétrico e de construção (-1,16%). Os setores que apresentaram aumento nas vendas foram: drogarias, perfumes e cosméticos (+3,99%) e artigos diversos (+0,33%).
 
Comparativo com o mês anterior – Quando comparado com o mês imediatamente anterior, o comércio registrou crescimento de 0,95%. Para Falci, o Dia das Mães, segunda melhor data em termos de faturamento para o comércio, foi o principal motivo para a alta nas vendas.  “O forte apelo emocional da data levou muitas pessoas às lojas em maio, aquecendo as vendas”, finaliza.
 
GRÁFICO 3
 
Nesta base de comparação (Mai.16/Abr.16), os segmentos que registraram aumento nas vendas foram o de drogarias, perfumes e cosméticos (+3,82%) e o de tecidos, vestuário, armarinho e calçados (+1,09%). Já os setores que apresentaram queda nas vendas foram: artigos diversos (-2,29%); veículos novos e usados (-1,59%); ferragens, material de elétrico e de construção (-0,77%); supermercados e produtos alimentícios (-0,74%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,53%) e Papelarias e Livrarias (-0,16%).