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Comércio da capital espera faturar 2,17 bilhões com o Dia das Crianças, segundo pesquisa da CDL/BH

Sugestão de Pauta

O Dia das Crianças é uma das datas comemorativas mais aguardadas pelo comércio.  Segundo pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a previsão é de crescimento de 1,44% nas vendas deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.  De acordo com o levantamento, a estimativa de faturamento é de R$ 2,17 bilhões para o setor nesse período (outubro de 2017).

A expectativa dos empresários para a data é positiva. Para 69,1% dos comerciantes de Belo Horizonte, as vendas do Dia das Crianças de 2017 serão melhores, se comparado ao ano passado. “A melhora nos indicadores econômicos, como queda na inflação e nos juros e o crescimento das vendas nas outras datas comemorativas do comércio, gerou otimismo nos empresários para a data”, explica o presidente da CDL/BH, Bruno Falci.

Os lojistas mais confiantes são dos segmentos de brinquedos e vestuário. “Estes são os segmentos que possuem mais produtos com perfil infantil e com ticket médio menor. Assim, se adaptam melhor à realidade atual do consumidor”, comenta o presidente. Apesar do alto percentual de lojistas otimistas, uma parcela considerável permanece pessimista (11,3%), devido ao cenário econômico atual. “A economia vem dando alguns sinais de melhora, no entanto, a taxa de desemprego continua elevada, apesar de ter havido redução de 1,33 pontos percentuais no 2º tri. de 2017, segundo dados do IBGE. Por isso, os consumidores estão evitando situações de endividamento em longo prazo”, justifica Falci.

Valor do tíquete médio dos presentes está maior

Os comerciantes esperam que, este ano, as pessoas gastem mais do que no ano passado. A previsão é de que o tíquete médio de 2017 seja de R$ 149,23. Em comparação com o tíquete de 2016, que foi de R$ 107,90, o valor de 2017 é 38,3% maior.

Brinquedos deve ser a opção de presente mais escolhida

Os brinquedos devem ser o item mais procurado pelos consumidores, segundo 45% dos empresários. Em seguida, estão as roupas (25%) e os calçados (19%).

De acordo com os entrevistados, os consumidores (50,5%), irão comprar no máximo um presente. “Este resultado indica que, apesar do otimismo, os lojistas estão percebendo que os seus clientes estão mais receosos em contrair dívidas, limitando as compras em até 2 presentes”, afirma Bruno Falci.

Divulgação dos produtos pelas redes sociais está entre as principais estratégias para alavancar as vendas

A divulgação dos produtos foi escolhida, pela maioria dos empresários (24%), como a melhor forma para atrair clientes e impulsionar as vendas. E o principal meio utilizado para isso vem sendo o Facebook. Para 40,2% dos lojistas a rede social é a plataforma mais eficiente para expor os itens a venda e chegar até os consumidores. As promoções, ofertas e liquidações aparecem em seguida, com 21% da preferência como estratégia de venda.

Segundo Falci, outros fatores também influenciam na hora da compra. “Uma das formas de atrair mais clientes é melhorar a experiência de compra do consumidor, oferecendo conforto, comodidade e produtos diferenciados para que ele tenha prazer em comprar,” explica. “Outro ponto é preparar a loja, treinar a equipe para atender os consumidores de forma eficaz e organizada, em um ritmo que garanta atendimento de qualidade e que possibilite a fidelização deste cliente”, conclui.

Cartão de crédito será a forma de pagamento mais utilizada

Para a maioria dos empresários entrevistados (41,2%), a forma de pagamento mais utilizada pelos consumidores será o cartão de crédito, com parcelamento em até três vezes. A segunda opção dos consumidores, na visão do lojista, será o cartão de crédito à vista (28,9%).As demais formas de pagamento citadas são: compras no débito (17,5%); dinheiro (6,2%); parcelado no carnê/crediário (3,1%) e parcelado no cartão da própria loja (3,1%).

Fatores que podem influenciar no momento da compra

Na opinião dos comerciantes, entre as principais alternativas que podem ajudar a alavancar as vendas no Dia Das Crianças estão: liquidação / promoção /oferta de produtos (78,9%); flexibilidade na forma de pagamento (4,2%); queda da inflação (4,2%); queda dos juros (3,2%); quitação das dívidas/redução da inadimplência (3,2%); aumento das compras (2,1%); saque do FGTS das contas inativas (1,1%); mudança de Governo (1,1%).

Em contrapartida, as opções que podem prejudicar as vendas, segundo os lojistas, são: desemprego (28,4%); falta de agilidade e cordialidade no atendimento (26,3%); aumento do preço dos produtos (21,1%); diminuição da renda dos trabalhadores (15,8%); aumento da inadimplência (4,2%); concorrência (2,1%); brinquedos importados (1,1%); crise financeira (0,4%).

Metodologia – Foram entrevistados 107 empresários de Belo Horizonte e Região Metropolitana, no período de 11 de agosto a 30 de agosto de 2017.