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Cinco em cada dez idosos possuem três ou mais cartões de crédito, aponta pesquisa da CDL/BH

Sugestão de Pauta

Para conseguir manter as contas em dia, a orientação de especialistas é que o consumidor tenha no máximo dois cartões de crédito, pois assim fica mais fácil controlar os gastos e evitar compras por impulso. Mas, pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) apontou que metade dos idosos da capital (50,0%) possui três ou mais cartões de crédito. A economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, explica que devido à redução da renda na aposentaria e ao aumento dos gastos com planos de saúde e remédios, boa parte desses consumidores acaba recorrendo a essa forma de pagamento pela possibilidade do parcelamento das despesas. 
(Gráfico 1)
 

Quantidade de cartões de crédito – Já os consumidores adultos (de 35 a 64 anos) que possuem três ou mais cartões de crédito somam 39,0% dos entrevistados. Entre os jovens-adultos (de 25 a 34 anos) e jovens (de 19 a 24 anos) esse índice é ainda menor, sendo 23,1% e 5,6%, respectivamente.
(Gráfico 2)
 

Na análise por gênero, a pesquisa da CDL/BH apontou que a maioria das mulheres (35,9%) possui apenas um cartão de crédito. Índice que ficou em 20,5% entre os consumidores do sexo masculino. 
(Gráfico 3)
 

Fazendo essa análise de quantidade de cartões de crédito por classe social, um dado que se destaca é que na classe E, 64,7% dos entrevistados possuem apenas um cartão de crédito. Já os que possuem dois cartões somam 35,3% dos consumidores. “O motivo para essas pessoas terem um menor número de cartões é que a renda dessas famílias é menor”, explica a economista da CDL/BH. “Além disso, pesquisas recentes da entidade mostram que esses consumidores estão optando mais pelo pagamento à vista para evitar dívidas em longo prazo”, completa. 
(Gráfico 4)
 

Frequência do uso do cartão de crédito – A pesquisa da CDL/BH também avaliou a frequência do uso dos cartões de crédito entre os belo-horizontinos. E os consumidores que mais utilizam essa forma de pagamento são os idosos (80,0%). “Novamente, percebe-se a importância do cartão de crédito para a facilidade de pagamento”, afirma Ana Paula. Os demais consumidores que mais utilizam essa forma de pagamento são: os jovem-adultos (71,0%); os adultos (67,6%) e os jovem (44,4%). 
(Gráfico 5)
 

Por sexo, são os homens (68,3%) que utilizam o cartão de crédito sempre ou quase sempre. Entre as mulheres o índice é de 60,8%. Considerando todos os entrevistados (homens e mulheres), o público A/B é o que mais utiliza o cartão de crédito (81,1%). Em contrapartida, 41,2% dos consumidores da classe E raramente ou nunca utilizam o cartão de crédito. “Como essas pessoas possuem um menor número de cartões de crédito, consequentemente, elas utilizam menos essa forma de pagamento”, disse a economista da CDL/BH.
(Gráfico 6)
 

Limite do cartão de crédito – Apesar de possuírem um maior número de cartões de crédito e utilizarem essa forma de pagamento com mais frequência, 90,0% dos idosos não ultrapassam o limite do cartão de crédito. Os consumidores que mais chegam ao fim do mês com o limite “estourado” são os jovens (11,1%). 
(Gráfico 7)
 

Tanto homens (82,0%) quanto as mulheres (85,2%) costumam chegar ao fim do mês sem ultrapassar o limite do cartão de crédito. Considerando todos os entrevistados (homens e mulheres), 23,5% dos consumidores da classe E nunca conseguem chegar ao fim do mês sem ultrapassar o limite do cartão de crédito. “Este dado é muito preocupante, pois esse tipo de dívida é uma das mais caras do mercado. Com uma taxa de juros anual de cerca de 400%, uma despesa de mil reais pode passar os R$ 4 mil ao fim do ano”, disse a economista da CDL/BH. “Por isso, é recomendável que o consumidor pague sempre o valor total da fatura e tenha um limite de cartão de crédito bem inferior a sua renda líquida”, acrescenta.
(Gráfico 8)
 

Cheque especial – A pesquisa da CDL/BH também avaliou a frequência em que os belo-horizontinos precisam recorrer ao cheque especial para a composição da renda. E 64,2% dos consumidores afirmaram que nunca ou raramente utilizam esse recurso. Mas 8,6% utilizam às vezes, enquanto 4,3% fazem o uso do cheque especial com frequência. Os que não possuem cheque especial totalizam 23,0% dos entrevistados. E os consumidores que mais utilizam o cheque especial para compor a renda pertencem a classe E (50,0%); são idosos (10,0%) e do sexo feminino (4,8%).
(Gráfico 9)

Metodologia – A pesquisa da CDL/BH que ouviu 200 consumidores da capital mineira no período de 24 a 21 de maio tem uma margem de erro de 6,8% e um intervalo de confiança de 1,96.