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44,1% dos consumidores comprometem mais da metade da renda com compras parceladas e financiamentos

Sugestão de Pauta

Belo Horizonte, 9 de março de 2016 – O índice considerado limite para o consumidor comprometer sua renda com dívidas é de 30%, mas de acordo com o levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), 44,1% dos belo-horizontinos estão com mais de 51% de sua renda familiar comprometida com compras parceladas ou financiamentos. Quando separados por perfil, os homens (47,1%) têm mais a renda comprometida; os consumidores (homens e mulheres) pertencentes às classes A/B (46,5%) e as pessoas com idade entre 35 e 64 anos (55,5%). A pesquisa foi realizada com 200 consumidores da capital mineira no período de 15 a 19 de fevereiro. 
 
(Gráfico 1 acima)
 
De acordo com o vice-presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar, este resultado é preocupante, pois ao comprometer mais da metade da renda familiar com compras ou financiamentos, dificilmente o consumidor consegue equilibrar as contas e evitar a inadimplência. “Atribuo o alto nível de endividamento da população à falta de planejamento financeiro, ao aumento do custo de vida e á taxa elevada de desemprego”, explica. “O recomendável é que o consumidor comprometa apenas 30% da sua renda com dívidas. Mas a realidade apontada pela pesquisa está longe do desejável”, completa.
Análise de orçamento – Uma boa forma de o consumidor evitar a inadimplência é avaliar suas finanças antes de efetivar uma compra. Hábito frequente de 62,7% dos belo-horizontinos, segundo pesquisa da CDL/BH. Fazem essa análise com periodicidade irregular 22,3% dos entrevistados, os que fazem raramente totalizam 10,6% e 4,3% nunca fazem essa avaliação. “A maior parte dos entrevistados já adota esse cuidado, mas uma parcela ainda precisa incorporar esse hábito na rotina de consumo. Afinal ao avaliar sua situação financeira, o consumidor consegue priorizar seus gastos e planejar suas despesas”, explica o vice-presidente da CDL/BH.
 
(Gráfico 2 acima)
 
Ao avaliar esse mesmo item por gênero, percebe-se que os homens são os que mais analisam suas condições financeiras antes de ir às compras: 71,8% deles fazem essa análise sempre ou quase sempre. Já entre as mulheres, esse índice é de 55,4%. “Entre as mulheres também se percebe o maior percentual de pessoas que nunca realizaram essa análise, demonstrando que grande parte delas ainda compra por impulso”, explica Gaspar. 
 
(Gráfico 3 acima)
 
Monitorar o quanto recebe e cada despesa ao longo do mês é outra orientação básica para se realizar um planejamento financeiro pessoal ou familiar, explica Gaspar. Mas segundo a pesquisa da CDL/BH, 17,3% dos consumidores raramente ou nunca fazem esse fazem esse acompanhamento. Os que fazem esse controle com frequência somam 60% dos consumidores e 22,7% às vezes fazem. “Pequenos gastos que passam despercebidos podem apertar no bolso no fim do mês. Por isso, a importância de anotar as despesas e receitas”, afirma o vice-presidente da CDL/BH. 
 
(Gráfico 4 acima)
 
A classe A/B é a que mais faz o acompanhamento mensal de quanto ganha e gasta. 75,9% dos consumidores dessa classe social acompanham seus gastos sempre ou quase sempre. Entre os consumidores da classe C/D esse índice é de 55,8% e de 41,1% entre os consumidores da classe E. Segundo Gaspar, os dados refletem que quanto maior é o poder aquisitivo do consumidor melhor é seu controle financeiro.
 
Na avaliação por gênero, percebe-se a maior preocupação dos homens em relação às suas despesas: 68,7% deles fazem esse monitoramento sempre ou quase sempre. Índice que é de 52,9% entre as mulheres. “As mulheres possuem muitos gastos pequenos que se colocados no papel, no final do mês, causam um grande furo no orçamento. E se não houver um controle por parte delas o risco de cair em uma inadimplência é grande”, afirma Gaspar.
 
(Gráfico 5 acima)
 
Controle de gastos – Atualmente muitas ferramentas estão disponíveis ao consumidor para o controle de finanças pessoais e de acordo com a pesquisa da CDL/BH, as mais utilizadas pelos belo-horizontinos são: extrato bancário (39,6%) e planilha eletrônica (35,7%). Em seguida aparecem: o controle de cabeça (9,9%); caderno de anotações (6,0%); fatura do cartão de crédito (2,2%); comprovante de débito (1,6%). 
 
Apesar disso, 4,9% dos entrevistados não realizam nenhum tipo de controle. “E o maior percentual de consumidores que não realizam controle de suas finanças está na classe E (12,5%)”, diz o vice-presidente da CDL/BH.
 
(Gráfico 6 acima)
 
Forma de pagamento – Segundo 78,9% dos entrevistados, a maioria das suas compras é quitada à vista. E as formas de pagamento são: cartão de débito (39,2%); à vista no cartão de crédito (24,3%); dinheiro (14,8%) e à vista no cheque (0,6%). Já 21,1% dos consumidores optam pelas compras parceladas. “Ao optar por pagamentos à vista, o consumidor se mostra mais cauteloso quanto ao cenário econômico e evita assumir dívidas em longo prazo”, explica. “Outra realidade é que boa parte desses entrevistados acaba escolhendo essa forma de pagamento, pois já está impossibilitado de realizar compras no crédito, devido à inadimplência”, completa.
 
(Gráfico 7 acima)
 
Pagamento das contas – De acordo com a pesquisa da CDL/BH, 83,9% dos consumidores pagam todas as contas na data de vencimento. Já 8,6% priorizam as contas básicas e depois pagam o restante sem considerar a data de vencimento, enquanto 7,5% pagam todas as contas após a data de vencimento.
 
(Gráfico 8 acima)