Número de dívidas em atraso cresceu 5,62% em BH

Segundo o indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), do mês de setembro, o número de dívidas em atraso na capital mineira cresceu 5,62%, no acumulado de 2014. Este é o maior índice de inadimplência dos últimos três anos, nesta base de comparação (Jan/Set). Em 2013, o número de dívidas em atraso registrou aumento de 3,59% e de 1,53% em 2012. 

 

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Para a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, o resultado reflete o menor crescimento da economia brasileira ao longo de 2014. “Com o aumento do nível dos preços, o custo de vida dos consumidores subiu, levando muitos, principalmente aqueles de baixa renda, à desorganização financeira”, explicou. “Além disso, a taxa de juros em patamares elevados dificulta a negociação de dívidas, contribuindo com o aumento da inadimplência”, completou.

 

Em setembro, na comparação com o mês imediatamente anterior, o número de dívidas em atraso apresentou aumento de 0,78%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior (Set.14/Set.13), a inadimplência na capital mineira cresceu 3,32%.

 

Perfil do inadimplente – No mês de setembro, a maioria (52,64%) das dívidas em atraso foi contraída por consumidores do sexo masculino, o feminino foi responsável por 47,36% dos registros. Por faixa etária, a maior parte dos débitos (26,47%) concentrou-se entre os consumidores com idade entre 30 e 39 anos, e a minoria (9,03%) entre 18 e 24 anos. 76,36% das dívidas em atraso de agosto registraram-se nas faixas de valor até R$ 250.

 

Recuperação de crédito – Comparando com o mês imediatamente anterior (Set/Ago), a recuperação de crédito cresceu 1,18% na capital mineira. A economista da CDL/BH atribui o desempenho a injeção de recurso na economia com a antecipação pagamento do décimo terceiro para aposentados e pensionistas. “Muitos consumidores utilizaram esta renda extra para quitar suas dívidas”, afirmou Ana Paula Bastos. 

 

Em relação a setembro do ano anterior (Set.14/Set.13), o pagamento de dívidas em atraso registrou aumento de 2,01%. Já no acumulado do ano, a regularização dos débitos apresentou declínio de 0,48%. “A capacidade de pagamento dos consumidores belo-horizontinos está enfraquecida principalmente pela perigosa combinação inflação e juros altos”, afirmou a economista da CDL/BH. “Mas com a aproximação do final do ano, a tendência é que esse quadro se reverta”, finalizou.

 

 

 

 

 

 

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