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Comércio de BH acumula queda de 1,80% no acumulado do ano

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Apesar da retração de 1,80% nas vendas do acumulado deste ano (Jan.Set.16/Jan.Set.15), a desaceleração do comércio da capital vem perdendo força. Prova disto é que no mesmo período do ano anterior, a queda foi de -3,29%. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, essa tendência já vem sendo observado ao longo de 2016. “O orçamento das famílias ainda continua pressionado principalmente pelo aumento do desemprego”, explica. “Mas, a economia e o varejo começam, aos poucos, a dar sinais de recuperação. Afinal a inflação vem cedendo e a taxa de juros sinalizando queda”, completa.

(Gráfico 1)

Falci ressalta que expectativa para as próximas semanas é que o setor ganhe um novo fôlego “O motivo para isso é que teremos a entrada de recursos extras na economia – como o pagamento da primeira parcela do 13º salário – e a chegada de duas datas importantes, a Black Friday e o Natal”, afirma. “Entretanto, não há como negar que a piora dos indicadores econômicos ainda está desestabilizando as finanças dos consumidores. Como reflexo disso, a renda disponível para o consumo continua menor e o desempenho do varejo é impactado”, completa.

Nessa base de comparação (Jan-Set.16/Jan.Set.15), os setores que apresentaram desempenho negativo nas vendas foram: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-3,09%); veículos e peças (novos e usados) (-2,42%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,58%); Papelarias e Livrarias (-0,76%) e ferragens, material elétrico e de construção (-0,63). Apresentaram aumento os seguintes segmentos: supermercados e produtos alimentícios (+1,08%); drogarias, perfumes e cosméticos (+0,59%) e artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (+0,38%).

Comparativo com o ano anterior – Nessa base de comparação (Set.16/Set.15), o comércio da capital apresentou queda de 2,01%. “Novamente, observa-se o efeito da piora dos indicadores econômicos sobre as vendas do varejo”, explica o presidente da CDL/BH. “Importante destacar que as taxas de juros ainda em patamares elevados também vêm prejudicando o desempenho do setor, pois o acesso ao crédito fica mais escasso”, completa.

(Gráfico 2)

Nesta base de comparação, apresentaram queda nas vendas os seguintes setores: veículos e peças (novos e usados) (-3,45%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-3,32%); Papelarias e Livrarias (-1,55%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,05%) e ferragens, material elétrico e de construção (-0,74%). Os segmentos que registraram desempenho positivo nesta base de comparação foram: drogarias, perfumes e cosméticos (+1,37%); supermercados e produtos alimentícios (+0,21%) e artigos diversos (+0,11%).

 

Comparativo com o mês anterior – Já em relação ao mês imediatamente anterior (Set.16/Ago.16), o varejo da capital apresentou queda de 1,20% nas vendas. Segundo Falci o mês de agosto é uma base forte de comparação, pois conta com a comemoração do Dia dos Pais. “Embora a data não tenha apresentado um grande crescimento neste ano, ela acabou aquecendo o faturamento do setor, tornando setembro uma base fraca”, finaliza.

 

(Gráfico 3)

 

Nessa base de comparação (Set.16/Ago.16), os segmentos que tiveram redução nas vendas foram: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,06%); Papelarias e Livrarias (-2,02%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,19%); veículos e peças (novos e usados) (-1,18%) e supermercados e produtos alimentícios (-0,52%). Apresentaram alta os seguintes setores: drogarias, perfumes e cosméticos (+0,73%) e ferragens, material elétrico e de construção (+0,24%).