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Imprensa -

Mudança no comportamento dos motociclistas reduz em 14% o índice de acidentes em BH

Sugestão de Pauta

Os motociclistas da capital estão mais conscientes quanto à importância da utilização dos equipamentos de segurança e da manutenção preventiva de seus veículos. Prova disto é que o índice de condutores que estão utilizando acessórios de segurança não obrigatórios apresentou uma melhora considerável neste ano. A utilização das luvas apresentou crescimento de 263%, saltando de 11% em 2015 para 40% em 2016. O uso de jaquetas apropriadas para a condução das motos aumentou 150% nesse mesmo período. Já o número de motociclistas que estavam utilizando calçados adequados registrou alta de 40% para essa mesma base de comparação.

Os dados são da pesquisa “Condições da Motocicleta e Equipamentos de Segurança” realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), por meio da Câmara Setorial Duas Rodas. O levantamento analisou 561 motocicletas na capital e Região Metropolitana no período de 9 de agosto a 11 de outubro de 2016.

 

(Gráfico 1)

 

Para o coordenador da Câmara Setorial Duas Rodas da CDL/BH, Milton Furtado, a melhora da utilização desses equipamentos de segurança reflete uma mudança de comportamento dos motociclistas da capital. “Apesar da legislação competente não obrigar a utilização desses itens, percebemos que os condutores estão mais conscientes sobre a importância desses equipamentos para sua segurança. E atribuo parte dessa percepção às campanhas educativas realizadas pela CDL/BH”, afirma.

 

(Gráfico 2)

 

“Como reflexo disso, o número de acidentes envolvendo motociclistas caiu 14% entre agosto e outubro deste ano, frente ao mesmo trimestre de 2015 – período da campanha “Ande Seguro”. Com isso, a economia aos cofres públicos ultrapassou os R$ 6 milhões”, completa.

 

(Gráfico 3)

 

(Gráfico 4)

 

Pneus – Na avaliação dos pneus, 55% das motocicletas da capital estão com o equipamento em boa condição de uso, 37% em estado razoável e 8% ruim. No ano passado, 58% dos veículos estavam com esse item em boa condição. “Apesar dessa retração de 3%, o indicador de freios se mantém acima da média, pois os pneus são essenciais para evitar colisões”, afirma Furtado.

(Gráfico 5)

Freio – Essencial para evitar acidentes, o freio apresentou uma boa condição de uso em 63% das motocicletas avaliadas. Em 2015, esse índice ficou em 64%. Já os veículos que apresentaram estado razoável e ruim neste ano totalizaram 26% e 11%, respectivamente. Para o coordenador da Câmara Setorial Duas Rodas da CDL/BH, a estabilidade desses dados ainda continua tendo um impacto considerável na redução de acidentes na capital. “Ainda mais se avaliarmos a melhora desse resultado na comparação com 2014, quando apenas 31% dos veículos foram bem avaliados”, afirma.

(Gráfico 6)

Capacete – Outro item indispensável para a segurança do motociclista é o capacete. E segundo a pesquisa da Câmara Setorial Duas Rodas da CDL/BH, a boa condição desse equipamento foi constatada em 68% das motocicletas analisadas. No ano anterior, esse índice foi de 79%. Furtado atribui essa retração a piora dos indicadores econômicos que tem impactado o orçamento cotidiano dos condutores. “Com a renda menor devido à inflação e ao desemprego, parte dos condutores da capital ficaram sem condições financeiras para investir na troca do seu capacete”, explica. “Apesar disso, os motociclistas da capital têm uma grande vantagem frente aos condutores de outros estados. É que em Minas Gerais não é cobrado o ICMS desse equipamento, fator que alivia o preço do produto”, completa.

(Gráfico 7)

Rodas – Responsáveis por fornecer a estabilidade para as motocicletas, as rodas são essenciais na prevenção de acidentes. Conforme a pesquisa da CDL/BH, 80% dos veículos avaliados estão com as rodas em bom estado de conservação, 16% em condição razoável e 3% estão ruins.  

(Gráfico 8)

Relação – A “Relação”, que é o conjunto de peças que transmite energia do motor à roda e que, se falhar, pode levar à perda do controle da motocicleta e ocasionar ou agravar um acidente, registrou bom estado em 48% dos veículos avaliados. Em 2015, esse índice registrou o mesmo patamar (48%). Já o número de motos em estado razoável e ruim ficou em 33% e 19%, respectivamente. 

(Gráfico 9)

Buzina – De acordo com a pesquisa da CDL/BH, 87% das motocicletas da capital estão com a buzina em boa condição. Os equipamentos que estão em estado razoável somam 8% e 4% estão em estado ruim. “Apesar da retração da boa avaliação da buzina, tal equipamento obrigatório é o que possui o melhor padrão de qualidade entre todos os itens analisados na pesquisa”, afirma o coordenador da Câmara Setorial Duas Rodas da CDL/BH.

(Gráfico 10)

 

Motofretistas x Motociclistas – Ao fazer uma comparação entre os motofretistas com os demais motociclistas, a pesquisa da CDL/BH apontou algumas particularidades com relação aos itens analisados. A melhor classificação dos itens como pneus, rodas, relação e buzina correspondeu aos motofretistas. “A legalização da classe avançou muito nos últimos anos, conquistando muitos benefícios para todo o setor do motociclismo. Além disso, esses profissionais estão mais conscientes quanto a importância da qualidade dos seus equipamentos de segurança e da manutenção de seus veículos para evitarem acidentes”, explica Furtado. O único item melhor avaliado entre os outros motociclistas foi o freio. “Os motofretistas rodam mais, por isso acabam tendo um maior desgaste no sistema rodante”, completa.

(Gráfico 11)

A tendência de melhor utilização dos equipamentos de segurança pelos motofrentistas também é observada nos itens não obrigatórios. Enquanto 62% dos motoboys utilizam calçados apropriados para a condução dos seus veículos, apenas 45% dos outros condutores têm esse hábito. Apesar disso, o uso dos capacetes e luvas mantém o mesmo padrão de qualidade entre todos os motociclistas avaliados.

 

(Gráfico 12)

 

Profissões – Dos 561 motociclistas entrevistados, a maior parte deles (44%) trabalha com motofrete. Em segundo lugar (16%), aparecem os trabalhadores do setor do comércio. Em seguida aparecem: empresários (7%); trabalhadores da construção civil (7%); motoristas (5%); seguranças (5%) e outras profissões (16%).

 

 

Motofretista

44%

Comerciário

16%

Empresário

7%

Construção civil

7%

Motorista

5%

Segurança

5%

Outras

16%

 

 

 

Faixa etária – A idade média dos motociclistas entrevistados foi de 34,5 anos, sendo que a maior parte deles possui entre 27 e 38 anos.

(Gráfico 13)

Sobre a Câmara Setorial Duas Rodas – A Câmara Setorial Duas Rodas foi criada pela CDL/BH em novembro de 2010 com o objetivo de diagnosticar, debater e agir de forma proativa em ações que contribuam para o desenvolvimento dos setores do motociclismo e do ciclismo na capital.